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Covid-19

Curados de COVID-19 batem positivos. Tendência anima autoridades sanitárias

Por: Alex Semedo

1–  Ânimo

Tendência animadora.

Boa-nova: os doentes recuperados de COVID-19 já superam os casos activos.

Aleluia, aleluia!!!

Porém, nada que convida ao baixar da guarda, desleixo e ao relaxamento – de qualquer tipo!

E em nenhum canto destas Ilhas plantadas no Meio do Atlântico.

A realidade fala por si! – já dizia o outro.

Mas, nada melhor e curial que os factos.

Aliás, números.

Na tarde desta sexta-feira, 24, Cabo Verde contava  980 casos activos, mil 216 recuperados, dois transferidos para os seus países de origem, perfazendo um total de dois mil 220 casos positivos acumulados. Desde aquele marcante – pela negativa! – 19 de Maço, data em que foi notificado o primeiro contágio.

Na Ilha da Boa Vista.

De lá para cá, houve 22 mortes, com a última a acontecer, dia 24, no Hospital “Dr. Agostinho Neto”, na Cidade da Praia.

A vítima, um homem de 53 anos, padecia, também, de outras complicações. Incluindo maleitas psiquiátricas.

Das nove Ilhas habitadas do Arquipélago, só Fogo e Brava continuam – felizmente! – fora da lista.

Voltemos aos números.

A taxa de letalidade pelo novo Coronavírus – em Cabo Verde – ronda um por cento.

Todavia, os casos positivos diários – ou seja, por cada cem mil habitantes! – ultrapassam, mais de três vezes, o aceitável pela União Europeia – UE – para poder incluir Cabo Verde na sua “Lista Verde”.

Melhor dito: abrir as suas fronteiras aéreas…para vôos do Arquipélago.

É que Cabo Verde registava – até esta sexta-feira -, 78 infectados por COVID-19, por cada cem mil habitantes. E a UE aceita, somente, 20.

Portanto, resta, ainda, muita estrada a ser dobrada e bastante trabalho a ser feito.

Mas…nada que leve ao desânimo.

De botar a toalha ao chão.

Até porque, isso, não é timbre nem tradição das gentes destas Ilhas.

Cuja resistência e resiliência estão provadas e descritas em páginas doiradas da sua caminhada de séculos e séculos…

É por estas e outras razões mil, que venceremos mais esta.

Com toda a certeza!

 

2– Partilha de responsabilidade

As autoridades sanitárias estão a “partilhar responsabilidade” com os infectados por COVID-19.

Traduzido por miúdos: aceitando o “internamento domiciliar” –  quando haja condições para tanto! -, em vez do “internamento institucional”.

Nos estabelecimentos de Saúde. Sejam eles os “tradicionais” e/ou os ditos de “Campanha” ou de Missão.

Até sexta-feira, 24, estavam em “domiciliar”, 281 doentes. A nível de Cabo Verde.

Tudo porque – de acordo com o diagnóstico do director Nacional da Saúde, Artur Correia -, o País registou, nestas últimas quatro semanas, uma “tendência estacionária”, estando numa “fase de estagnação”.

E avança: “É um voto de confiança que estamos a dar à população de Cabo Verde, que está infectada com a COVID-19, no sentido de se protegeram em casa, de protegerem os familiares em casa, de se confinarem em casa, durante esse período de isolamento”, remarcando que,  isso, também, “é um ponto positivo no aumento da nossa resiliência na luta contra” o novo Coronavírus.

Correia relembra que os pacientes que  que requerem o “isolamento domiciliar” assinam um Termo de Compromisso, assumindo respeitar as normas impostas.

“Há contactos regulares com as autoridades de Saúde. Caso essas regras não sejas cumpridas, será quebrado o Acordo e a pessoa passa a isolamento institucional”, vinca Artur Correia.

O lembrete fica feito.

É só pesar e sopesar.

Medir o deve e o haver.

Aliás, ganhos e perdas.

 

3– Diferenciação de Comunicação

Jorge Carlos Fonseca esteve em Santa Cruz, nesta sexta-feira, 24, véspera do Dia daquele  Município do Interior de Santiago e de Nhu Santiago Maior – o Santo Patrono da – outrora! – “Terra das Bananas”.

A visita serviu para o Presidente da República – PR – constatar, no terreno, “a boa articulação” montada pelas diversas institituições do “berço” de Catxás, Sema Lópi, entre diversos outros artistas  – de vários ramos! -, no combate à COVID-19.

Falando aos jornalistas, na Cidade Pedra Badejo – a Capital do Município -, Fonseca defendeu a “diferenciação” na articulação da estratégia da mensagem de Comunicação a ser transmitida aos munícipes.

“Com um jovem de hoje, não podemos dirigir a mesma conversa que dirigimos a uma pessoa de 50 anos ou mais”, sustentou, relevando que a Comunicação e o Discurso têm que ser específicos e diferenciados para cada grupo de moradores.

Boa e oportuna constatação.

Que, aliás, já vinha sendo reclamada e defendida, de há muito.  Mas, à boca pequena, talvez!

Desta vez, há-de chegar e ser ouvida, de certeza, às autoridades de plantão.

E posta em prática.

Que é o mais importante.

Fonseca argumentou, também, que é preciso mostrar aos jovens que, mesmo que, aparentemente, tenham capacidade para resistirem ao novo Coronavírus, existe população e familiares com menos resistência de que eles.

“Com isso, ajudamos bastante no combate à Pandemia, que temos que vencê-la, para podermos vencer os grandes desafios que temos pela frente, que são os desafios da retoma da Economia e do crescimento económico, do progresso, bem como de combater as desigualdades entre regiões”, destacou.

Santa Cruz ocupa o terceiro lugar da lista de municípios com mais contagiados por COVID-19, sendo a maioria jovens e crianças – com um total de 203 até dia 24 -, que tem a Praia e o Sal no primeiro e no segundo postos, respectivamente.

O PR aconselhou os santa-cruzenses a conterem-se e adiarem os festejos deste ano para 2021, augurando que haja fartura e “boas-as-águas” na Campanha Agrícola que já começou.

Assim sendo, haverá “festa rija”, à semelhança dos tempos de outrora.

Que chovia a cântaros…todos os dias de Nhu Santiago Maior – 25 de Julho.

Outros tempos.

 

4– Males do “desconfinamento”  

Normal?

Parece-nos que não.

Mas…que fazer?

Para o “Big-Boss” da Praia – o actual epicentro do novo Coronavírus, seguido da Ilha do Sal -, o aumento da propagação de COVID-19 no Município que dirige é o “resultado normal do desconfinamento”.

Mas…porque não fez o trabalho de casa, antes do seconfinamento?

Bom, adiante…

Óscar Santos está animado – lá do alto da sua Cátedra! -, já que Cabo Verde não destoa da Tendência Global.

E compara: todos “os países do Mundo, quando se está em Estado de Emergência, com todas as pessoas confinadas em casa, os casos diminuem, mas não há actividades económicas e a situação piora”.

Mas…não podíamos quebrar esta triste regra?

Sermos a excepção em coisas boas…

Prescrutando os dias que correm, o Edil Capitalino  – sempre a comparar! – realça que, semelhantemente aos outros rincões do Arquipélago, registam-se incumprimentos, também, no Concelho que dirige.

A falta de distanciamento físico – em algumas instituições públicas e nos mercados – é um dos males.

“A guerra contra COVID-19 só pode ser ganha, se todos os cidadãos derem a sua contribuição até à descoberta da vacina”, avisa santos.

Torcemos e imploramos – também! – para que o alerta não caia em saco roto.

Para o bem de todos!

 

6- SOS da OMS

A Organização Mundial da Saúde – OMS -, alerta para a ameaça da COVID-19 nos trabalhadores da Saúde em África.

Mais de dez mil agentes de Saúde foram infectados nos 40 países que relataram sobre sua Situação Epidemiológica, numa altura em que os casos parecem estar a ganhar ritmo no Continente.

Para o Directora-Regional, da OMS, Matshidiso Moeti, o crescimento que “estamos vendo nos casos de COVID-19 coloca uma tensão, cada vez maior, sobre os serviços sanitários do Continente”.

Alerta oportuno.

Numa altura em que, oficialmente, perto de 50 agentes de Saúde de Cabo Verde já estão infectados.

Que não se registe nenhum mais.

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