A vacina para a covid-19 só deverá estar disponível na segunda metade de 2021, segundo avançou o responsável pelo Programa de Emergências Sanitárias da organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar dos “sinais de esperança” nos testes clínicos, Michael Ryan alertou que é preciso ter “realismo nas expectativas” em relação a uma vacina, uma vez que deverão ser tomadas todas as precauções para garantir a sua absoluta segurança.
“De forma realista, não teremos pessoas a serem vacinadas até à segunda metade do próximo ano”, afirmou, notando que se assiste a um número crescente de vacinas a passarem à chamada fase três dos testes e a serem experimentadas em voluntários humanos.
“Estamos a ver sinais de esperança. Mas em vacinas, por mais depressa que nos esforcemos para as ter, teremos que garantir que são seguras e eficazes e isso levará tempo. Estamos a acelerar, mas não vamos facilitar no que toca à segurança”, garantiu.
Na iniciativa da OMS para garantir o desenvolvimento e acesso equitativo a uma vacina, a que aderiram a maior parte dos países do mundo, cerca de meia dezena de potenciais vacinas “não fracassaram até agora” e cumpriram nos requisitos de segurança e criação de resposta imunitária.
Para este responsável, o realismo deve ser também sobre a eficácia de uma vacina que, segundo diz, nunca será total. “Adoraria poder dizer que vamos ter uma vacina e em dois ou três meses este vírus desaparecerá, mas isso não é realista”, frisou.
A covid-19 já provocou mais de 616 mil mortos e infectou quase 15 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Em Cabo Verde, o número de infectados já ultrapassou os dois mil, entretanto, neste momento, há mais recuperados (1132) de que casos activos (998). Até agora 21 casos resultaram em óbito.
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