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Ambiente

São Nicolau: projecto conservação das tartarugas marinhas com bons resultados

O projecto de conservação das tartarugas marinhas de São Nicolau (TARSAN) está a ter bons resultados na época da desova deste ano.

Elaborado e coordenado pela Associação de Biólogos e Investigadores de Cabo Verde (ABI-CV) a iniciativa tem
como principais desafios impedir não só a apanha das tartarugas para consumo ou comercialização, mas também a retirada desenfreada de areia nas praias de desova, como explica Ravidson Monteiro, vice-presidente da ABI-CV.

“O trabalho de campo está a ir muito bem, temos guardas ambientais e alguns voluntários espalhados pelas principais praias dos dois municípios, que fazem patrulhas nocturnas e recolha de dados nocturnos e diurnos. Temos monitores”, avança.

Porém, apesar dos resultados positivos, o mesmo reconhece que a apanha de tartarugas para consumo e/ou comercialização, assim como a apanha desenfreada de areia nas praias de desova, destruindo os locais de desova, e a iluminação nas orlas marítimas, continuam a ser as “maiores ameaças às tartarugas”.

Tendo em conta o panorama actual da Covid-19, as actividades de sensibilização diminuíram, mas os resultados mostram-se satisfatórios.

“Apesar de já termos registrado duas tartarugas apanhadas, já contabilizamos cerca de 400 rastos e ainda nem chegamos ao pico de desova, que normalmente acontece em Agosto. Desses 400 rastros, cerca de 316 resultaram em ninhos. Os resultados são animadores e este ano esperamos muita actividade nas praias”, declara Ravidson Monteiro.

O projeto conservação TARSAN tem como principais parceiros a Direção Nacional de Ambiente, a Câmara Municipal de Tarrafal, a Câmara Municipal da Ribeira Brava, a Polícia Nacional e o Projecto biodiversidade TAOLA.

Criselene Brito

*Estagiária

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