“No relacionamento entre agentes da cultura, professores, investigadores, estudantes, empresários, profissionais liberais, ativistas sociais, autarcas e governantes, na convicção de que a história comum de séculos, com a partilha de vários traços culturais e de uma língua também comum, a Língua Portuguesa, é um importante ativo neste mundo global e altamente competitivo, não só pela visibilidade política que nos confere, mas também porque amplifica as nossas vozes na cena internacional, relativiza as nossas fragilidades e potencia as nossas possibilidades de afirmação e de desenvolvimento económico e social”, realçou.
Na sua mensagem alusiva à efeméride, Jorge Carlos Fonseca afirma que a CPLP “não é, não pode ser, uma mera instância de relacionamento formal entre os órgãos políticos dos nossos Estados, mas antes um elemento estratégico da nossa ação enquanto países no mundo, pois que é produto de uma história comum de séculos, com encontros e desencontros, é certo, mas que nem por isso deixam de fazer parte do que fomos influenciando de forma decisiva o que somos hoje e contagiando o futuro que queremos construir.
“Estamos todos de corpo e alma na CPLP e só vale a pena estar de corpo e alma”, enfatiza o Chefe de Estado cabo-verdiano, sublinhando que “estamos para encontrar e reforçar os pontos de partilha, alargar o espaço comum e ampliar os espaços de participação conjunta. Hoje o nacionalismo estreito não tem lugar! Países no mundo inteiro juntam-se para criar e gerir instituições administrativas comuns, escolas e centros de investigação comuns, empreendimentos e patrimónios comuns, congregando recursos, colmatando as fraquezas e otimizando as oportunidades”.
Jorge Carlos Fonseca, que também é Presidente em exercício da CPLP concluiu a sua mensagem com uma palavra de “conforto e solidariedade” aos países membros pela “tragédia” que sobre todos se abateu com esta pandemia da COVID 19 que “infelizmente ainda assola os nossos países, com perda de muitas vidas e dramas sociais intensos, pelo desemprego e acentuada quebra de rendimento das famílias”.
“Uma palavra especial de profundo reconhecimento aos profissionais de saúde dos nossos países, pelos esforços e pelos grandes sacrifícios pessoais e familiares consentidos no combate a esta pandemia. Demonstraram para além de qualquer dúvida o seu profundo comprometimento com a vida, e por isso lhes estamos eternamente gratos!”, realçou