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Covid-19

Egipto: Jornalista preso por difundir “fake news” morre de COVID-19

Morreu, terça-feira, 14, vítima de COVID-19, o jornalista egípcio que estava detido por, alegadamente, difundir notícias falsas – “fake news”.

Mohamed Monir, de 65 anos, foi infectado com o novo Coronavírus, enquanto estava em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Tora, no Cairo, a Capital do Egipto.

De acordo com o Comité para a Protecção de Jornalistas, citado pelo The Guardian”, o jornalista morreu numa unidade de isolamento do Hospital do Cairo.

O porta-voz do Sindicato dos Jornalistas egípcio, Diaa Rashwan, confirmou a morte de Mohamed Munir, através de uma publicação no “Facebook”, avançando que os dois estiveram em contacto “até aos momentos finais”.

Monir foi detido no passado mês de Junho, depois de uma intervenção na “Al Jazeera TV”, um canal banido pelo Governo egípcio.

Quando a entrevista de Monir foi emitida, o jornalista foi detido por procuradores, durante duas semanas, por, alegadamente, difundir notícias falsas, associação a um grupo terrorista e “mau uso” das redes sociais.

No Egipto, os presos políticos podem permanecer em prisão preventiva durante anos, com base em acusações vagas. Muitas das vezes, com falta de condições de salubridade e sem acesso a cuidados médicos.

Mohamed Monir tinha diabetes e hipertensão arterial. Depois de ser detido, a sua saúde “deteriorou-se, rapidamente”,  na sequência da infecção por COVID-19.

O jornalista chegou a publicar  um vídeo nas redes sociais, onde são visíveis as dificuldades que tinha para respirar.

 

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