A deslocação de passageiros do Sal e de Santiago, por via aérea e marítima, vai ser retomada a partir de amanhã (15). Por registarem um elevado número de transmissão comunitária, os passageiros dessas ilhas devem apresentar resultado negativo ao teste rápido de covid-19 e o mesmo deve ser feito com 72 horas de antecedência.
Conforme avança Inforpress, uma alegada falha na interpretação desta medida fez com que as pessoas da ilha do Sal se deslocassem em massa para a Delegacia de Saúde para a realização do teste rápido, na segunda-feira,13.
Segundo os passageiros, com destino à ilha de Santiago, as agências de viagens marítimas recusam-se a vender bilhetes sem a declaração dos testes.
“Quero viajar no próximo barco para a ilha da Santiago e me informaram que será na próxima semana. Mas, entretanto, negaram a venda de passagem por não ter feito o teste rápido ainda”, explicou Eveline Borges, que falou à Inforpress em representação de algumas colegas que se encontravam na fila.
Contudo, constata-se uma falha também na comunicação, visto que o responsável pela agência Navex, Hernâni Alves, garante estarem a seguir as medidas das autoridades competentes, frisando o Boletim Oficial que alerta que “as agências não devem vender passagens sem declaração médica de 72 horas”.
O responsável diz ainda estar a “esperar novas recomendações” para esclarecer esse constrangimento.
Em contrapartida, o delegado de saúde da ilha do Sal afirma que os testes só serão realizados em pessoas que possuírem viagem com data garantida, e assim impedir as “aglomerações e trabalhando a tempo e com serenidade nos exames rápidos”.
Ulisses Correia e Silva afirmou, há alguns dias, que as condições já foram criadas para que os testes sejam realizados em todas as delegacias de saúde de Sal e Santiago, de modo a evitar a deslocação das pessoas para um único centro e assim driblar a aglomeração.
Suila Soares
*Estagiária
