Os alunos do 12º ano em Santo Antão reivindicam a cerimónia de finalistas.
Conforme dizem, todas as condições sanitárias estão garantidas para que se possa assinalar a
data em segurança. Entretanto, os dirigentes das escolas mostram-se reticentes.
Os alunos da Escola Técnica João Varela no Porto Novo aguardam assim a decisão da direcção da escola para que se possa realizar o evento.
Leonardo Rocha, que dá voz aos alunos da referida escola, diz que a ilha reúne no momento as condições para que se possa realizar a cerimónia em segurança.
“Temos todas as condições para a realização da cerimónia. A situação sanitária é
extremamente positiva, se comparada com as outras ilhas com casos ativos, onde já
se realizam as cerimónias em segurança”, diz Leonardo Rocha.
Esses estudantes finalistas pretendem concertar, mais uma vez, com a direcção da escola, Delegação do Ministério da Educação e as entidades sanitárias, formas de realizar o evento.
Propõem organizar tudo em um espaço aberto e com limites de pessoas, respeitando o distanciamneto social e o uso de máscaras.
Simbolismo
O possível cancelamento desta data é visto, pelos alunos, como doloroso devido a carga simbólica que carrega. Para esses alunos não se trata de uma festa, mas de uma cerimónia que eternize a data.
“Nós não queremos uma festa de finalistas como se tem dito. Queremos uma
imposição de fitas para que todo o nosso esforço, o nosso trabalho, a nossa entrega
sejam reconhecidos”, expõe Leonardo.
Em Santo Antão, todas as direções das escolas secundárias estão reticentes com a
cerimónia de imposição de fitas devido à covid-19.
Os alunos estão, entretanto, à espera que as escolas tomem uma decisão.
Há, na ilha, apenas quatro casos acumulados da covid-19, sendo que dois já recuperaram.
Ricénio Lima
*Estagiário
