Teerão emitiu um mandado de prisão esta segunda-feira contra o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, pelo assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, que morreu a 3 de Janeiro durante um ataque norte-americano ao Iraque, informou a media internacional.
O procurador de Teerã, Ali Alqasimehr, disse que Trump, juntamente com outras 35 pessoas – a quem o Irã acusa de estar envolvido no ataque mencionado – enfrentam “acusações de assassinato e terrorismo”, disse a agência da ISNA.
Alqasimehr não deu os nomes das outras pessoas afetadas pelo mandado de prisão, além do inquilino da Casa Branca. O promotor também enfatizou que ele pretende fazer justiça mesmo depois que Trump deixar o cargo de presidente dos EUA.
Do Irão, também informaram que solicitaram a ajuda da Interpol para obter a prisão de Trump e do outro acusado.
Em particular, Teerão pediu que um “aviso vermelho” fosse emitido ao presidente dos EUA e a outros 35 réus, o mais alto nível emitido pela Interpol.
Os Estados Unidos podem ordenar medidas de retaliação contra os juízes e promotores envolvidos na ação. Em Dezembro de 2019, o Departamento do Tesouro sancionou dois juízes iranianos por se prestarem a “julgamentos fraudulentos” contra dissidentes em Teerã.
Reação de Simonovis
Numa reação inicial, o comissário de Segurança Presidencial Iván Simonovis afirmou os EUA que a ordem iraniana está relacionada a suas atividades recentes na Venezuela.
“Tudo indica que a crescente mobilização e assistência iraniana na Venezuela é o ponto de planeamento para essa ‘prisão’, e os comissários seriam os mesmos designados como patrocinadores do terrorismo e do narcotráfico”, disse Simonovis.
A República Islâmica prometeu vingar o assassinato. Em 8 de janeiro, o Irão lançou dezenas de mísseis balísticos de curto alcance contra a base aérea americana de Al Asad, localizada no oeste do Iraque, e contra uma instalação americana na região curda. Vários soldados americanos foram feridos no ataque.