Um recorde da abstenção, crescimento dos ecologistas e um resultado negativo para o Partido do Presidente Emmanuel Macron.
Segundo o portal pt.euronewes.com, estes são os grandes destaques da Segunda Volta das Eleições Municipais em França, ocorridas este domingo. Macron voltou a perceber que, a nível local, o “República em March” está longe de conquistar os resultados nacionais. Apenas o Primeiro-Ministro, Édouard Philippe, conseguiu ser eleito no Município de Le Havre.
Em Paris, a socialista Anne Hidalgo foi reeleita e continua à frente dos destinos da Capital francesa.
Mais a Sul, em Marselha, Michèle Rubirola, que lidera uma Coligação de Esquerda, venceu esta Segunda Volta em Marselha e vai ocupar o lugar do histórico dirigente conservador, Jean-Luc Gaudin.
Em Lyon, Gérard Collomb vai passar o testemunho à Esquerda: o ecologista Grégory Doucet será o novo autarca. Aliás, os ecologistas são os grandes vencedores destas Eleições que tiveram de ser adiadas, por causa da Pandemia de COVID-19.
Mas este pintar de verde do mapa francês não é o que mais preocupa quem se senta no palácio do Eliseu: a vitória da Extrema-Direita em Perpiñan, a maior Autarquia que conquistam em 25 anos, pode ser um sinal de crescimento do Partido de Marine Le Pen. O “Reunião Nacional” conquistou, no total das duas voltas, 11 municípios.
Emmanuel Macron terá, também, de retirar algumas conclusões menos positivas dos dados da abstenção: chegou quase aos 60 por cento.
Alguns analistas consideram que se trata de mais um dos efeitos da Pandemia e do confinamento dos últimos meses.