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Brava

Brava: Autoridades mandam evacuar pescadores da Reserva Integral dos Ilhéus Rombos

A deslocação dos pescadores passa a ser proibida, como aliás decorre da própria lei que declara os Ilhéus Rombos como Reserva Integrada, deixando assim de funcionar como uma plataforma de pesca, já que, há menos de duas semanas, calculava-se que perto de duas centenas de pescadores da ilha do Fogo e Brava estavam nos ilhéus sem qualquer tipo de controlo, pese embora esta prática ser incompatível com a conservação da biodiversidade.

Na sequência do assassinato de um pescador de 59 anos, da ilha Brava, uma equipa de polícia marítima da ilha do Fogo deslocou-se, na tarde de sábado, 27, aos Ilhéus para fazer a retirada dos pescadores.

Há vários meses que os ambientalistas estavam a reclamar da pressão de grande número de pescadores sobre os Ilhéus, que estavam desprotegidos, com presença massiva e regular de pescadores das ilhas do Fogo e da Brava.

No espaço, permaneceram apenas duas equipas da associação de conservação e uso sustentável dos recursos, Projecto Vitó, que está devidamente credenciada pelas autoridades marítimas e ambientais para fazer o seguimento das aves marinhas e das tartarugas, no quadro de um projecto financiado por um parceiro internacional.

Para os ambientalistas, o Instituto Marítimo e Portuário (IMP) e outras autoridades a nível local, como a Direcção Nacional do Ambiente (DNA) e Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) têm sido permissivos com esta situação. A título de exemplo, apontam que a equipa técnica da associação Projecto Vitó, apesar do trabalho de conservação dos recursos ambientais existentes nos ilhéus, para poder aceder a esta reserva respeitam uma longa lista de burocracia, desde seguros de viagens, garantias de logística para estadia, autorização da DNA e do IMP, controlo policial no porto, requisitos que aos pescadores não são exigidos e desembarcam nos ilhéus Rombos sem qualquer tipo de controlo.

O suposto homicida identificado por Paulo Jorge Correia da Rosa, mais conhecido por “Paulo Manso”, 22 anos, residente em Furna, terá, segundo as autoridades policiais, agredido a vítima, de nome João de Jesus da Rosa, mais conhecido por “Djon”, 59 anos, residente também em Furna, com uma chave de fenda.

O corpo da vítima foi transladado para morgue do hospital regional São Francisco de Assis, em São Filipe, para realização de autópsia, enquanto o agressor que foi decretado prisão preventiva como medida de coação, será transferido para a ilha do Fogo nos próximos dias para aguardar o desenrolar o processo na cadeia regional de Betânia.

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