A Suécia critica a Organização Mundial de Saúde – OMS – por tê-la incluído na lista de países com uma transmissão acelerada do novo Coronavírus e onde os Sistemas de Saúde estão a ser empurrados para os seus limites.
Uma lista “negra” de 11 países – de acordo com o portal pt.euronews.com -, que inclui a Ucrânia, Albânia ou a Macedónia do Norte foi publicada neste final de semana.
Para o epidemiologista-chefe da Agência de Saúde Pública sueca, Anders Tegnell, esta inclusão não tem sentido.
Diz Tegnell, que “é uma interpretação completamente errada dos dados. O número de casos está a aumentar na Suécia, mas porque estarmos, agora, a testar muito mais do que antes e a fazer testes a outros grupos populacionais”.
O epidemiologista garante que “há menos pessoas a precisar de tratamento hospitalar, o número de admissões nos cuidados intensivos também está a diminuir. Mais: o Sistema de Saúde está, portanto, sob menos pressão do que antes. É uma tendência clara e que vai continuar.”
Ao contrário do resto da Europa, a Suécia não impôs um confinamento geral à população. Optou pelo isolamento de grupos de risco e apelou à responsabilidade individual dos cidadãos para manterem a distância social. Escolas, ginásios ou restaurantes mantiveram-se abertos.
Ainda no mês passado, a OMS tinha elogiado o País como um modelo a ser seguido.
A Suécia regista um total de cinco mil 230 mortes por COVID-19 e perto de 20 pessoas continuam a morrer, todos os dias, no País, devido à doença.