Na sequência das críticas dos pacientes internados no Estádio Nacional, que falam em “falta de condições de higiene, instalações sanitárias precárias e má alimentação”, o Director Nacional de Saúde disse que os hospitais de campanha montados na Cidade da Praia não são hotéis e que o ministério não está vocacionada para a área.
Segundo Artur Correia, estas são as condições de uma pandemia.
“Nós não estamos em condições normais. Estamos numa situação de epidemia, em que temos que gerir os doentes que estão nos espaços de isolamento, temos que gerir as pessoas que estão em quarentena domiciliária, temos que gerir as pessoas que estão em quarentena nos hotéis. Tudo isso não é a normalidade e o Ministério da Saúde não é nenhuma empresa de hotelaria, não estamos vocacionados para isso”, rebateu.
Artur Correia garante, entretanto, que as autoridade têm tentado “todas as condições”, mas diz que a grande maioria das pessoas internadas nos hospitais de campanha estão assintomáticas ou com sintomas leves, que não precisam de um atendimento médico permanente.
“Os enfermeiros dão conta aos médicos que estão escalados para esse efeito e, em caso de necessidade, como tem acontecido, ou os médicos vão lá, ou os doentes, em caso de gravidade, são transportados imediatamente para o hospital central para receberem cuidados especializados”, explica.
Sobre as alegadas condições de higiene precárias do Estádio Nacional e falta de material de proteção individual, Artur Correia disse que as autoridades de saúde estão a fazer os possíveis para que o espaço seja o mais conveniente possível para as pessoas.
O DNS admitiu, por outro lado, que pode haver falhas na gestão desses espaços improvisados e garantiu que o Ministério da Saúde está sempre pronto a corrigir estas falhas.