Pelas contas recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), há um total de 139 estudos em curso, dos quais 11 em fase de testes em humanos.
Os governos – de acordo com o portal jn.pt – estão atentos aos desenvolvimentos e há países que se estão a posicionar para garantirem milhões de doses junto dos laboratórios com os projectos mais promissores.
Segundo a lista da OMS, actualizada a 16 de junho, há 128 estudos em avaliação pré-clínica e 11 potenciais vacinas já em diferentes fases avaliação clínica.
Destas há, pelo menos, três mais avançadas. A chinesa CanSino Biological, a norte-americana Moderna e o Projecto britânico da Universidade de Oxford – na Inglaterra – e da AstraZeneca. Encontram-se na Fase 2 dos ensaios clínicos – que visa testar a eficácia da vacina e monitorizar os efeitos secundários adversos -, sendo que os investigadores de Oxford já estão a envolver participantes na Fase 3 (momento para testar um grupo maior de pessoas).
A Moderna já anunciou que deverá entrar nesta última etapa em Julho. Concluídas as três fases de ensaios, segue-se a comercialização.
Apesar de ter começado os ensaios clínicos mais tarde do que a Moderna, a Universidade de Oxford/AstraZeneca adiantou-se e conta ter uma vacina pronta a entregar em Dezembro.
A OMS, que inicialmente mostrou reservas, começa a acreditar na possibilidade e, quinta-feira, 18, admitiu que poderá haver centenas de milhões de doses de vacina contra a COVID-19 para distribuir ainda este ano e dois mil milhões de doses no fim do próximo ano, reservadas para “populações prioritárias”.
O interesse está a aumentar e, nos últimos dias, quatro países europeus (Itália, Alemanha, Holanda e França) anunciaram que chegaram a acordo – para pagar um total de perto de 750 milhões de euros – segundo o Ministério da Saúde italiano, citado pelo jn.pt -, para garantirem o acesso a 400 milhões de doses da vacina que está a ser desenvolvida pelos britânicos.
Espanha também anunciou interesse em participar nesta Aliança que, segundo a farmacêutica, está aberta à entrada de mais membros.
Portugal está a acompanhar a evolução e a tentar perceber que vacinas vão chegar mais cedo, para não perder tempo quando chegar o momento da compra.
A China, o Brasil, o Japão e a Rússia também já terão mostrado interesse. Segundo anunciou a AstraZeneca, se os ensaios mostrarem que a vacina é segura, as primeiras doses devem ser entregues aos países europeus no final do ano e a companhia não terá lucro com o negócio durante a pandemia. Nem prejuízo, já que os custos de produção da nova vacina são financiados pelos países.
Paralelamente, o Governo alemão prepara-se para comprar 23 por cento da Farmacêutica CureVac, que também está a apostar no desenvolvimento de uma vacina para proteger contra a COVID-19. É um investimento de 300 milhões de euros do Executivo de Angela Merkel na empresa que terá sido aliciada com uma “avultada quantia” pelo Governo norte-americano, para garantir os direitos exclusivos da investigação.
Dois euros – 220 escudos cabo-verdianos – por vacina deverá ser o preço da imunização que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford e AstraZeneca, caso chegue ao mercado. O director da Farmacêutica acredita que a durabilidade da protecção contra a COVID-19 será de um ano.