A associação comunitária de Atalaia (Mosteiros), uma das
zonas de maior produção de mangas da ilha, está a mobilizar
meios para implementar um projecto que visa melhorar a
qualidade e quantidade de manga produzida pela agricultura
de sequeiro.
Segundo Luciano Silva, um dos responsáveis da associação, o
projecto, que já se encontra numa fase adiantada, visa, igualmente,
criar uma unidade de conservação e, possivelmente, de
transformação de frutas.
O projecto, conforme A NAÇÃO apurou, vai contribuir para uma
maior valorização económica da produção de mangas,
nomeadamente no sentido de evitar as perdas que são ocasionadas
pelas frequentes quedas dos preços quando a demanda é muito
baixa ou ainda devido a problemas ligados aos transportes.
Tanto assim é que, normalmente, nos dias em que há ligação
marítima com a Cidade da Praia, sobretudo no dia em que o fast
ferry faz a viagem, o preço dos produtos, incluindo o das mangas, é
muito mais atratctivo para quem vende.
Porém, nos demais dias, o preço das mangas é inferior, ou seja,
elas são vendidas a 10 ou 20 escudos/unidade consoante a sua
dimensão, e, em alguns períodos do dia, até por um preço inferior.
Os agricultores queixam-se, ainda, do não funcionamento do Centro
Pós-colheita da ilha, situado nos arredores de São Filipe, construído
e inaugurado há mais de seis anos.
Esse centro continua de portas fechadas sem poder ser utilizado
para conservação dos produtos agrícolas e pecuários da ilha do
Fogo, estando, inclusive, a necessitar de obras de restauro, sem
que tenha funcionado, ainda que seja por um curto período de
tempo.
Por outro lado, as muitas unidades de transformação de frutas,
construídas e equipadas, não têm funcionado com regularidade, de
modo a aproveitar o excedente de produção de frutas e outros
produtos agrícolas.
