O abastecimento de cantinas escolares com produtos agrícolas locais vai ser objecto de um encontro de reflexão e avaliação na próxima segunda-feira (8), na Escola Secundária Januário Leite, no Paúl.
O referido encontro que marca a quinta e última entrega com um total de 1.614 kg de produtos, visa sobretudo, avaliar as actividades desenvolvidas no âmbito do projecto, identificar os ganhos alcançados e apontar as necessidades de melhoria, através de diálogo entre representantes dos diferentes parceiros, nomeadamente produtores locais, FICASE, delegações do Ministério da Educação (ME) e do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), Câmaras Municipais de Porto Novo, Paul e Ribeira Grande, equipa técnica da AAN e do CERAI.
Esta iniciativa está enquadrada no projecto “Práticas agro-ecológicas resilientes e comercialização participativa como instrumento de nutrição escolar e de segurança alimentar comunitária para as populações rurais das Ilhas de Santo Antão e Fogo”.
O projecto é co-financiado pela Agência Regional de Agricultura e Alimentação (ARAA) da CEDEAO, pela Cooperação Espanhola e pela FICASE através da compra local de produto no âmbito do Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar, e executado pelo Centro de Estudos Rurais e Agrícolas Internacional (CERAI), pela Associação dos Amigos da Natureza (AAN) e o Ministério de Agricultura e Ambiente de Cabo Verde (MAA).
Recorde-se que a FICASE assinou um contrato com a Aliança de Produtores Locais, para aquisição de 8.110 kg de produtos frescos (batata comum/batata doce/cenoura) junto da Associação de Agricultores de Ribeira da Cruz (AADARC), para abastecimento das cantinas escolares do ensino básico e dos estabelecimentos de educação pré-escolar dos três concelhos de Santo Antão.
Em suma, durante a execução do projecto, foram realizadas cinco entregas, por um valor total de 1.349.000$00 ECV, tendo sido beneficiados 7.258 alunos/as, de 72 escolas e 62 jardins-de-infância.
Durante a vigência do estado de emergência devido a Covid-19, houve uma adaptação do projecto, em que, mesmo com a suspensão das aulas presenciais, as entregas foram mantidas, destinando, entretanto, os bens alimentares ao Programa de Assistência Alimentar (PAA) que atribuiu cestas básicas às famílias mais vulneráveis.