O músico, Kaku Alves diz que a reabertura do seu espaço cultural, no bairro da Várzea pode
estar comprometida, devido ao roubo dos produtos em stock, que aconteceu no passado fim-de-
semana.
As estes acrescem os prejuízos acumulados por causa das restrições impostas pelo Governo, no sentido de
evitar a propagação da Covid-19.
“Desde o início da pandemia da Covid-19, os músicos e proprietários dos espaços de diversão
noturnas foram os primeiros a serem penalizados. Todas as actividades culturais
nomeadamente festivais concertos e galas que estavam agendadas foram canceladas”, aponta
o músico.
Kaku Alves confessa que a situação tornou-se complicada para quem trabalha e vive da música.
“Fiquei sem trabalho e o meu espaço já leva paticamente três meses fechado e sem nenhuma
receita. E temos que honrar compromissos com cinco funcionários chefe de famílias”, lamenta.
Agora, diz, com o assalto e roubo dos produtos em stock e as bebidas que estavam na prateleira, “a
reabertura do Espaço Kaku Alves está comprometido futuramente sem ajuda”, desabafa.
Kaku que é muito acarinhado no meio artístico, lamenta ainda falta de apoio do sector da cultura.
“O espaço Kaku Alves é muito conhecido e reconhecido pelo contributo que tem dado na divulgação da cultura cabo-
verdiana. Mas nunca recebeu nenhum apoio financeiro do sector da cultura”.
Conforme Kaku Alves o seu espaço já recebeu músicos nacionais e internacionais de renome
que passam pela cidade da Praia.
“Muitos músicos, amigos e frequentadores perguntam sempre se recebo algum apoio das autoridades. E quando digo que não, ficam admirados. E questionam como que é possível que um espaço que contribui para valorização da cultura e do bairro onde está inserido, não recebe apoio da Cultura”.
Conforme A NAÇÃO já noticiou o sector da Cultura foi o primeiro a parar e será o último a retomar só em Outubro.
Ao que tudo indica, até agora, na prática o que o Ministério da Cultura fez, com apoio de outros parceiros, foi pagar 10 mil escudos a cerca de cada um dos 200 artistas de diferentes áreas da cultura para actuarem nas redes sociais. Isto em quase três meses de paragem do sector.