O presidente da FIFA, Gianni Infantino, reforçou o posicionamento do organismo contra o racismo, através de um comunicado publicado na terça-feira (3). O documento veio na sequência das manifestações de alguns jogadores da Bundesliga, a pedir justiça por George Floyd.
No comunicado, o presidente da FIFA começa por explicar que entende completamente a profundidade do sentimento e das preocupações expressas por muitos jogadores de futebol à luz das circunstâncias trágicas do caso George Floyd.
O organismo recorda que já havia se manifestado repetidamente como resolutamente contra o racismo e a discriminação de qualquer tipo e recentemente reforçou suas próprias regras disciplinares com o objectivo de ajudar a erradicar esse comportamento.
A aplicação das Leis do jogo, aprovadas pela IFAB, é deixada para os organizadores das competições, que devem usar o bom senso e levar em consideração o contexto em torno dos eventos.
Assim, Gianni Infantino defende que “para evitar dúvidas, em uma competição da FIFA, as recentes manifestações de jogadores em jogos da Bundesliga merecem aplausos e não punição. Todos devemos dizer não ao racismo e a qualquer forma de discriminação. Todos devemos dizer não à violência. Qualquer forma de violência”.
Este posicionamento da FIFA veio na sequência na sequência das manifestações de alguns jogadores da Bundesliga, a pedir justiça por George Floyd. Recorde-se que em tempos de manifestações contra a brutalidade policial e o racismo nos EUA, na Bundesliga, jogadores uniram-se em homenagem a George Floyd. Entre eles Jadon Sancho e Marucs Thuram, Mc Kennie e Hakimi..
Entretanto o regulamento da liga alemã pode punir quem divulga mensagens no relvado. A Federação Alemã de Futebol, a DFB, através do site oficial, informou que a comissão de controlo iria analisar as ações de Thuram, Sancho, McKennie e Hakimi.
O júri aceitou que as circunstâncias eram diferentes em cada caso, mas apontaram o facto de um jogador que retire a camisola deve ser punido com um cartão amarelo, independentemente de qualquer mensagem. O protesto de Thuram foi “aberto a interpretações” e não se enquadrou nas competências do árbitro, enquanto o presidente da DFB, Fritz Keller, disse que, moralmente, “compreende de forma absoluta as ações do último fim-de-semana”. “O que aconteceu nos EUA não pode deixar ninguém sem reação”, afirmou.
O comité de controlo da Federação Alemã de Futebol (DFB) deverá, no entanto, abrir um inquérito, uma vez que os regulamentos da DFB e da liga de futebol alemã (DFL) estipulam que não é permitido transmitir mensagens políticas no equipamento ou durante o jogo.