Reunido, na sexta-feira, 29, com vários empreiteiros e o presidente da Associação dos Empreiteiros, o primeiro-ministro avançou que o Governo pretende desenhar um programa de relançamento, estabilização e recuperação de empresas da construção civil.
A ideia é fazer com que a dinâmica económica do país e dos diversos sectores possa ser retomada.
O programa será desenhado “à medida das necessidades deste sector que depende muito dos serviços e da oferta de obras públicas através de lançamento de concurso, bem como da dinâmica de atividade de outros sectores, como turismo, a construção de empreendimento hoteleiros, etc. (…)”, garantiu o primeiro-ministro.
Acompanhado da ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, Ulisses Correia e Silva auscultou o sector que considera “importante na economia do país, pelo impacto que tem no crescimento económico, no emprego e no rendimento”.
“Queria ouvi-los para em conjunto discutirmos questões relevantes da vida económica e social do setor da construção civil para uma fase posterior”, disse, lembrando que o país está perante uma crise “de dimensão e impacto único, global, intenso e que atinge todos os setores da atividade económica com impactos sociais evidentes.
O Governo adotou medidas para garantir a segurança sanitária, ao mesmo tempo, a proteção do emprego e das empresas, dentro de um quadro de emergência e de mitigação. Ulisses Correia e Silva disse, no entanto, necessário reativar a atividade económica. “Por isso, reabrimos o funcionamento dos serviços com a tendência para a normalização da vida social e económica, e vamos ter que trabalhar a fase seguinte que é o relançamento da económica através do investimento público e privado”.
O primeiro-ministro lembrou que o contexto externo e interno é extremamente exigente e impactante, motivo pelo qual, todos têm que criar condições possíveis para que possam “dar a volta” dentro de um quadro “excessivamente condicionado relativamente à qualquer tipo de atividade económica que se possa desenvolver”.
Ulisses Correia e Silva reafirmou ainda que em junho o governo vai apresentar ao Parlamento um orçamento retificativo, enquadrado em um conjunto de medidas de recuperação económica, e que espera que possa espelhar também as necessidades do setor da construção civil.