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Covid-19

Associação das agências de viagens e turismo quer que Estado liquide as dívidas e INPS pague os 35%

A “urgência” na liquidação de dívidas às agências de viagens por parte do cliente estado, o pagamento dos 35% de salários por parte do INPS, a flexibilização no acesso ao crédito junto dos bancos comerciais, foram algumas das medidas que saíram de uma reunião que juntou a Associação das Agências de Viagens e Turismo de Cabo Verde (AAVT), e os seus associados. A reunião online serviu para tomar pulso das dificuldades enfrentadas pela classe neste período peculiar de Estado de Emergência.

Conforme informações avançadas pela associação, a ocasião serviu  ainda, para a direção comunicar aos associados
as medidas levadas a cabo pela AAVT durante o período vigente e socializar o pacote de propostas de medidas a ser apresentado brevemente ao Governo para a retoma do setor.

O encontro “provou-se frutífero”, dizem, também para a recolha de subsídios que certamente deverão enriquecer o documento final a ser apresentado à tutela executiva do Turismo e Transportes.

Sublinham-se ainda a capacitação dos recursos humanos afetos às agências de viagens, a prorrogação automática das licenças das agências de viagens por um ano – para evitar novas garantias bancárias e seguros de caução -, a suspensão de novas licenças de agências de viagens.

Os mesmos defendem ainda a construção de uma nova grelha tarifária nos transportes aéreos e marítimos, com
apresentação de tarifas de operador, o regulamento do funcionamento das agências online, apoio às agências na transição digital, a possibilidade da baixa dos juros nos créditos existentes, bem como novos créditos e apoio no turismo interno, sendo neste caso o amplo debate com as companhias aéreas e marítimas
e empresas hoteleiras.

A Direção da AAVT diz ainda que “evidenciou os esforços” na articulação com os principais parceiros na busca de soluções a contento de todos, nomeadamente Ministério do turismo e Transportes, o INPS e a Cabo Verde Interlilhas. Esta última, a visar o estreitar da parceria e a possibilidade de criação de novas rotas para o
incremento do turismo interno. Igualmente deu se noticia também da articulação com Cabo Verde Airlines.

Na busca das soluções de apoio à retoma das atividades das agências, a AAVT frisa, também, o diálogo com a Turismo de Cabo Verde, a Direção Geral do Turismo e Transportes e as finanças.

A salientar o facto de os setores das viagens e turismo estarem entre os maisafetados pela pandemia do COVID-19, e que deverá fazer persistir por mais alguns meses, num quadro mais otimista, a suspensão de voos, os associados
defendem a prorrogação do lay –off entre 3 a 6 meses para agências de viagens.

Também advogam a prorrogação da moratória de crédito e aumento do período de carência para novos créditos, bem como das taxas de juros.

Ficou ainda evidente no encontro, a pertinência de constituição de um fundo de emergência para a AAVT, precisamente para amenizar os efeitos e apoiar os associados em situações de crise como a que agora vivemos.

A situação da Companhia aérea de bandeira, Cabo Verde Airlines (CVA) foi outro tema de debate, com a Direção da AAVT a assumir o compromisso de continuar a acompanhar e manter informados os associados. Sobre isso, a
AAVT augura uma retoma rápida à normalidade da CVA, atendendo à importância estratégica para o país e as agências de viagens e turismo em particular.

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