Por: João Carlos Fidalgo
Para travar a pandemia, diminuir o número de casos ao longo do tempo, muitos países ricos desenvolvidos e países subdesenvolvidos tomaram medidas severas para distanciamento social e confinamento.
O Governo de Cabo Verde tomou medidas assertivas e determinadas para vencer esta guerra : protegendo as pessoas, ao nível da saúde, pública e individual, garantindo o rendimento e medidas preventivas, como o distanciamento social e o confinamento para controlar e para travar a propagação do vírus.
Todavia, podemos notar que no nosso continente africano, o isolamento e o distanciamento das pessoas que estão na pobreza absoluta e extrema, que labutam diariamente para sobreviver e encontrar o sustento, sem cobertura da componente fiscalização e da compensação de bens e servicos das autoridades, o lema “ficar em casa“, poderá significar escapar a doença, mas também sofrer à fome.
Muitos nesse mundo globalizado sofrem de uma síndrome designado na literatura económica por círculo vicioso da pobreza. Essa abordagem teórica foi desenvolvida pelo Gunnar Myrdal, economista e político sueco, Prémio Nobel em 1974, juntamente com Friedrich August Hayek, considerado um dos melhores especialistas sobre o tema pobreza e desenvolvimento.
O planeta produz hoje alimentos suficientes para 11 bilhões de pessoas. A população mundial hoje é de 7.6 bilhões de seres humanos. No entanto, 851 milhões de pessoas passam fome, diz a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Uma em cada dez pessoas passa fome. Em Cabo Verde temos cerca de 179 mil pessoas na pobreza e cerca de 54 mil em extrema pobreza. Com uma franja de população no meio rural com problemas de acesso a água e outras dificuldades básicas.
O aumento considerável da esperança de vida nos dias de hoje deve-se mais às conquistas na área preventiva e à disseminação dos hábitos de higiene do que a melhores remédios. Água limpa e rápida remoção de lixo, aliadas a mais asseio pessoal marcaram a diferença. É uma boa arma para combater o assassino inimigo invisível, mas letal e omnipresente. O governo tomou medidas assertivas e rápidas no sentido de apoio às pessoas mais vulneráveis, criando rendimento solidário, apoiando sector informal e com rendimento social de inclusão emergencial.
Hoje no mundo não há escassez de recursos alimentares , nem de dinheiro, mas falta justiça, partilha e solidariedade.
No futuro depois dessa pandemia teremos que construir novos caminhos, uma nova economia à medida do homem e para o homem, socialmente justa, mais solidário, economicamente viável, ambientalmente sustentável, eticamente responsável(na linha da Economia de Papa Francisco).
Portanto, uma vida vale muito.
Fika na Casa, evita lugar ku tcheu alguém, prevenção sta na bu mao!