Oitenta e seis elementos das forças de segurança entre eles bombeiros, militares, agentes do corpo de intervenção, unidade de operações especiais e proteção civil deixaram, na terça-feira, 19, a ilha da Boa Vista onde estiveram durante os dois últimos meses.
Esta equipa chega agora à Cidade da Praia para reforçar a capacidade de resposta na luta contra o coronavírus, onde reside, segundo as autoridades, agora o maior foco da doença.
Depois de dois meses a liderar o gabinete de crise na Boa Vista, criada para combater a propagação do coronavírus nessa ilha, o primeiro epicentro da doença em Cabo Verde, o presidente do Serviço Nacional da Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Renaldo Rodrigues, garantiu que a equipa deixa a ilha com a sensação do dever cumprido.
“Vamos levar a experiência obtida durante a luta aqui na Boa Vista”, sublinhou Renaldo Rodrigues, afirmando ainda que, independentemente do resultado que a ilha alcançou até agora, a guerra ainda não está ganha.
Segundo este responsável, a população deve assumir a sua bandeira e cumprir as orientações, para que rapidamente Boa Vista possa deixar de ter casos positivos.
“A população não deve esmorecer, mas sim deve provar que a nossa presença na ilha não foi em vão e fazer a sua parte, seguindo as recomendações das autoridades”, alertou.
Continua, por isso, na Boa Vista, um contingente de 62 militares e dois elementos da Proteção Civil que vão se aliar a corporação policial para dar continuidade à luta contra o vírus na ilha.
Recorde-se que a ilha foi a primeira a registar casos de coronavírus e chegou a 56 casos positivos. Destes, um resultou em óbito, 2 foram transferidos para os seus países e há registo de 51 recuperamos.
De momento, a ilha conta com apenas dois pacientes em isolamento e espera, ainda esta semana, ficar em casos positivos.