Celebra-se hoje o Dia Internacional dos Museus, sob o lema “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”, este ano de portas fechadas e sem as actividades que costumam marcar a efeméride, tendo em conta a pandemia do coronavírus.
Entretanto, e recorrendo as novas tecnologias de comunicação, à semelhança do que é feito noutros museus do mundo, alguns museus em Cabo Verde vão hoje abrir as portas para visitas virtuais no Museu da Resistência, no Museu da Tabanca, Museu Etnográfico da Praia e o Museu do Sal.
Uma iniciativa que visa reforçar a capacidade dos museus em dar resposta aos pedidos constantes de visitas por parte das escolas e dos operadores turísticos.
“Os museus de Cabo Verde se preparam agora, com maior sentido de urgência e necessidade, para implementar novos canais de comunicação e aproximação com o público, com recursos às novas plataformas de comunicação e inovação, com vista a dinâmica, atratividade e interatividade dos conteúdos”, explica, em comunicado, o Ministério da Cultura e Indústrias Criativas (MCIC).
O Dia Internacional do Museus foi instituído em 1977, pelo Conselho Internacional dos Museus (ICOM) e é celebrado anualmente a 18 de Maio, projectando os museus como um importante meio de intercâmbio cultural, enriquecimento de culturas e desenvolvimento de entendimento mútuo, cooperação e paz entre os povos.
Em Cabo Verde existem 24 museus, dos quais 8 estão sobre a tutela do MCIC através do Instituto do Património Cultural (IPC). São eles o Museu Etnográfico da Praia, Museu de Arqueologia, Museu Norberto Tavares, Museu da Tabanca, Museu da Resistência, Museu do Sal, Museu do Mar e o Núcleo Museológico Cesária Évora.
Segundo dados do MCIC, os museus sob sua tutela receberam, em 2019, um total de 29.264 visitantes, dos quais 20.070 (69%) são turistas estrangeiros, 5.244 (18%) são estudantes e 3.850 (13%) turistas nacionais.
“A perspetiva para os próximos tempos é ampliar e diversificar os públicos, dinamizar e inovar os conteúdos expositivos e potenciar os museus enquanto espaços de excelência para o reforço da educação não formal e parte relevante da oferta turística e cultural, cumprindo cabalmente sua missão educativa e cultural e transmitir os valores da preservação do património e da identidade cultural nacional”, prevê o MCIC.
