Os cidadãos cabo-verdianos retidos no estrangeiro por causa do encerramento das fronteiras vão ser repatriados. O governo aprovou esta semana uma resolução que vai permitir tal regresso e já deu orientações as embaixadas e serviços consulares para que se proceda a identificação dos cidadãos retidos no estrangeiro.
O governo aprovou na quarta-feira uma resolução que permite o repatriamento de cidadãos cabo-verdianos que ficaram retidos noutros países por causa do encerramento das fronteiras.
Na quinta-feira (14), em entrevista a Rádio de Cabo Verde o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, disse que o governo já deu orientações as embaixadas e serviços consulares para que as pessoas que se encontrem retidas noutros países sejam identificadas e que o processo de repatriamento comece.
Este responsável reconheceu a complexidade deste processo mas garante que vai decorrer dentro das medidas definidas pela resolução aprovada pelo governo.
“Temos cabo-verdianos nesta situação nos Estados Unidos da América, mas também em Portugal, Brasil, Senegal, Holanda, França. Enfim são vários países, mas também temos que organizar isso com todo o cuidado e com toda segurança sanitária. É uma situação muito complicada, esta da pandemia do COVID-19. O que posso dizer é o que temos dito ao longo destes dias relativamente a esta questão. Que o estado não deixará nenhum cabo-verdiano ficar fora, nomeadamente aqueles que estão retidos e que o estado de emergência fez com que não pudessem viajar nas condições normais. Portanto vamos trabalhar e pensamos iniciar o processo tão logo que tenhamos essa actualização feita”, disse.
Recorde-se que o A NAÇÃO noticiou esta semana relatos de grupos cabo-verdianos retidos há dois meses nos EUA e em Holanda. Em ambos relatos, os cabo-verdianos dizem estar a depender da solidariedade de amigos e familiares.
