A edição deste ano do evento cultural Tributo Bob Marley reúne mais de 10 artistas em performances livestream. A transmissão do primeiro de cinco dias do certame, que assinala o 39º aniversário da morte do rei do reggae, começa às 19 horas (horário de Cabo Verde) e prolonga-se até às 23 horas.
O cartaz do evento é composto por Djordi Positivo (Mindelo), Dj Letra (Mindelo), Rubera Roots (Portugal), Road to Zion (Luxemburgo), Alberto Koenig (Praia), Djam Neguin – Dança (Praia), Yamina Hoffer – Dança (Praia), Thierry Monteiro (Mindelo), To heaven – Os Mensageiros (Mindelo), Mezcla Reggae Band (Espanha), Cabo Roots (Sal), Jandir Fortes (Praia), Wilson Silva (Praia), Tiago Silva (Mindelo), Mian Art Ment(Mindelo), Cipy Rodrigues (Boa Vista), Friderika Firmino (Holanda), josimar Gonçalves “Djosa” (Praia), Daisy Dos Santos (Portugal), Rubens Cabral “Rubatxa” (Mindelo), I-Rey (Polónia), Vânia Luz – Performance (Portugal).
Pela primeira vez este ano o Tributo Bob Marley acontece nas redes sociais, através das página do evento no facebook e instagram bem como no canal do youtube. Esta decisão, avançada pela organização, deriva da necessidade de evitar a propagação da pandemia do COVID-19 no pais.
O evento desdobra-se em cinco dias, com quatro horas de emissões, cada, ao longo desta semana em que se assinala o 39º aniversário da morte de Bob Marley.
Robert Nesta Marley nasceu em Nine Mile, Jamaica, no dia 6 de fevereiro de 1945 e desde cedo contou com uma forte ligação com a música. Passando por uma juventude simples e difícil, o artista mergulhou no universo musical daquele país, que nasceu na década de 1960 com a influência dos estilos R&B norte-americano, das canções típicas jamaicanas e com a criação do ska e, mas tarde, do reggae.
Junto com seus amigos Buny Wailer e Peter Tosh, o cantor e guitarrista fundou a banda “The Wailing Wailers”, onde lançaria alguns sucessos, mesmo que discretos e não tão famosos hoje em dia. Após alguns anos, Marley se casou e viajou pelos Estados Unidos e Europa. Quando voltou, o jovem começou a se identificar mais com o movimento rastafári e decidiu colocar em sua música temas como paz, fraternidade, libertação, amor universal e igualdade social, além de abordar problemas de negros, pobres e oprimidos não só da Jamaica como também de países da África. O cantor soube unir ao reggae a elementos de outros estilos, como soul, blues, pop e rhythm e criar hinos de uma geração, como “One Love”, “No Woman No Cry”, “Jammin”, “Get Up Stand Up”, “I Shot The Sheriff” e “Redemption Song”.
Além disso, o artista também ficou conhecido e amado por todo o mundo, lotando estádios e casas de shows por onde passava. Exemplo disso é o show do dia 27 de junho de 1980 em Milão, quando cerca de 100 mil pessoas se reuniram para escutarem o ídolo se apresentar. No entanto, a apresentação talvez mais emocionante de Marley foi em 23 de setembro do mesmo ano, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, considerado o último show que o cantor fez antes de morrer.
O reggae já foi reconhecido pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.
O Tributo a Bob Marley, em São Vicente, foi criado no ano de 2000 pela banda, “Os mensageiros”, na altura para celebrar o 19º aniversário do falecimento do rei do reggae, Bob Marley.
O certame tem um forte apoio da Câmara Municipal da ilha, além de outras entidades públicas e particulares, conforme faz saber o porta-voz da organização, Milton Duarte. “A cada ano lutamos para trazer um grupo do estrangeiro, para abrilhantar ainda mais este evento. A nossa ideia é que seja um dos maiores festivais do continente africano e é por isso que queremos trazer duas ou mais bandas internacionais”, diz.
Ao longo dos anos vários foram os nomes que pisaram o palco, entre eles Rubera Roots Band, Cabo Roots, Mindelgroove, Boy G Mendes e Anthony B. estes dois últimos subiram nesse palco na edição de 2009.
