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Covid-19

Covid-19 baixa para 30 novos casos na Guiné-Bissau

A progressão da covid-19, na Guiné-Bissau, conheceu um abrandamento, nas últimas 24 horas, com 30 novos casos confirmados contra os anteriores 89.

O país passou de 564 para 594 casos acumulados desde o início da pandemia, em março último, dos quais dois óbitos, 25 recuperações e 567 em tratamento.

Apesar deste abrandamento, a Guiné-Bissau continua a liderar a progressão da doença no grupo dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), lugar ocupado até à semana passada por Cabo Verde.

No seu balanço de sexta-feira, este último anunciou 12 novos casos e 230  acumulados, repartidos em dois mortos, 44 recuperados e 184 internados.

A terceira posição do grupo é preenchida atualmente por São Tomé e Príncipe, que registou, nas últimas 24 horas, quatro novos casos para totalizar 212, incluindo cinco falecimentos, quatro curas e 203 doentes em tratamento.

Nos lugares subsequentes, aparecem Moçambique e Angola, sendo que o primeiro é o único país do grupo ainda sem registo de óbito provocado pela covid-19.

Nas últimas 24 horas, Moçambique registou um único caso positivo, perfazendo 82 no total, dos quais 27 recuperados e 55 internados, ao passo que Angola conheceu sete novos casos, seu maior balanço diário desde o início da doença em março.

Ao todo, Angola soma 43 casos, todos concentrados na capital, Luanda, sendo dois óbitos, 11 recuperações e 30 internados em unidades sanitárias de referência.

Até à semana passada, a Guiné-Bissau figurava entre os países menos afetados pela doença, com 73 casos confirmados e 54 ativos, perto de Moçambique e Angola que na altura apresentavam, respetivamente, 76 e 27 contaminações.

Mais abaixo ainda, vinha São Tomé e Príncipe, com apenas 14 casos acumulados, repartidos entre quatro recuperados e 10 em tratamento.

Mas, de repente o quadro mudou e tanto São Tomé e Príncipe como Guiné-Bissau migraram para zonas de maior densidade e intensidade, com os números a subirem todos os dias quase de forma exponencial, sobretudo para esta última, apesar das medidas de confinamento decretadas pelas autoridades nacionais.

Tal como na maioria dos países, as autoridades afirmaram que o desrespeito das medidas de confinamento social por parte de alguns doentes de covid-19 originou o alastramento da doença até chegar aos níveis atuais.

Fala-se em pessoas infetadas que se teriam recusado a acatar a ordem de ficarem em casa e não se misturarem com outras pessoas da família ou do bairro.

Mas também as autoridades são acusadas de “não cumprir” e responsabilizadas por algumas falhas na observância do Estado de Emergência.

Para o médico guineense Mꞌboma Sanca, as “falhas” no cumprimento do Estado de Emergência pela população e na resposta das autoridades são as principais causas da subida dos casos de coronavírus, no país.

Sanca entende que muitas pessoas ficaram infetadas e os próprios membros do Governo também, o que significa “que as próprias autoridades é que não estão a cumprir, porque elas é que deviam cumprir (primeiro) e depois fazer cumprir”.

Em Bissau, cinco membros do Governo estão infetados, incluindo o primeiro-ministro Nuno Nabian e os ministros da Saúde Pública, António Deuna, e do Interior, Botche Candé.

Também testaram positivo à covid-19 os secretários de Estado da Ordem Pública, Mário Fambe, e da Integração Regional, Mónica Buaro da Costa.

Fonte: Panapress

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