O dn.pt dá conta de que o Santuário de Fátima decidiu que as celebrações do 13 de Maio vão decorrer sem peregrinos.
Num Comunicado, o Gabinete do Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, esclareceu que as celebrações de 12 e 13 de Maio “não podem contar com a presença física de peregrinos” devido à Pandemia da COVID-19, uma vez que “o risco epidémico é elevado”. Este é o primeiro ano, desde 1917, que as peregrinações e comemorações do 13 de Maio não acontecem.
“A decisão da Igreja Católica de seguir as indicações das autoridades civis no sentido de suspender as celebrações religiosas comunitárias decorre da responsabilidade de fazer o que está ao seu alcance para não colocar em perigo a saúde pública, cumprindo também deste modo o mandato evangélico do amor ao próximo”, sublinha o responsável, na mesma Nota, lida por uma porta-voz do Santuário.
A Igreja Católica já tinha optado por um dia de celebrações sem fiéis. O Bispo de Leiria-Fátima, António Marto, tinha mesmo ditto, em Abril, que o cancelamento das peregrinações era “um acto de responsabilidade pastoral e também um profundo acto de fé” e que não poderia permitir que o Santuário se transformasse num “foco de contágio”. Posição que manteve, agora, depois de “surpreendido” com a abertura do Governo à realização do evento com público, quando faltam apenas dez dias para o evento que envolveria sempre milhares de pessoas – mas longe das 650 mil que anualmente enchem o recinto no 13 de Maio.
Já este domingo, 3 – sempre segundo o já citado dn.pt -, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, defendeu a manutenção da suspensão das celebrações comunitárias, alertando que o fim do Estado de Emergência não significa o fim da Pandemia de COVID-19, nem do perigo de ela alastrar. Segundo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, é necessário manter a suspensão das celebrações comunitárias, “a bem da Saúde Pública”, pois, “o fim do Estado de Emergência não significou o fim da Pandemia e do grande perigo de ela alastrar”, se não se mantiver “o cuidado necessário”.
Ainda no domingo, na conferência de Imprensa que faz o ponto da situação epidemiológica, Marta Temido quis precisar que alguns eventos podem ser autorizados”. Sobre o 13 de Maio, em específico, apelou a que não se confundam “peregrinos e celebrantes”.