A Associação dos Jornalistas de Cabo Verde endereçou hoje uma mensagem de “respeito” e reconheceu o trabalho de “entrega, dedicação e profissionalismo” da comunicação social, no actual contexto “difícil” que é a pandemia do coronavírus.
No dia em que se celebra mundialmente a liberdade de imprensa, a AJOC diz que, em contramão com o que, no início, se queria fazer crer, não têm sido os jornalistas a contribuir para a criação do medo e do pânico geral pela via da disseminação de informações falsas.
“Os jornalistas, e a comunicação social de uma forma geral, têm contribuído para incutir no espírito dos cidadãos a necessidade imperiosa de se respeitar as orientações emanadas pelas autoridades sanitárias. Têm direcionado, com toda a responsabilidade, as suas acções em prol da prevenção e combate ao covid-19, fazendo eco das campanhas de higienização como uma das vias de travar a propagação da doença”, considerou o presidente da associação, o jornalista Carlos Santos.
A comunicação, reforça, tem levado aos cabo-verdianos uma informação rigorosa, imparcial, transparente, oportuna e de qualidade num contexto difícil, a todos os níveis, criado pela epidemia do novo coronavírus.
Em Cabo Verde, enaltece Carlos Santos, ao contrário dos receios iniciais quanto à actuação dos jornalistas no contexto de calamidade de saúde pública, os profissionais da imprensa têm sabido estar à altura dos múltiplos desafios potenciados pela covid-19.
Entretanto, este jornalista alerta que, apesar de ser um parceiro de luta, o jornalista não se tornou uma caixa de ressonância do Governo e das autoridades e que os direitos democráticos não foram suspensos, pelo que o direito constitucional de informar, de se informar e de ser informado, não foi suspenso.
Sendo assim, estes profissionais continuam a fazer o sue trabalho de vigilante, na linha da frente da pandemia. “Importa lembrar que o compromisso dos jornalistas com a verdade e o respeito pelo direito dos cidadãos a uma informação de qualidade sobrepõem-se aos demais deveres e obrigações”, reforçou.
A AJOC incentiva, por fim, os jornalistas a continuarem a exercer a sua missão de informar sem medo e sem favor, como também lembra a UNESCO, neste dia mundial da liberdade de imprensa.