A Direção Geral do Trabalho recebeu, até 27 de Abril, 16.090 pedidos de suspensão de contratos de trabalho, referentes a um total de 994 empresas.
A maior parte das empresas ficam localizadas em Santiago, com 318 entidades empregadoras a pedir suspensão de contratos, seguida da ilha do Sal, com 267 e São Vicente, com 262 empresas.
Entretanto, é na ilha do Sal que está a maior parte dos trabalhadores afectados, devido ao Turismo, com 5.948 contratos suspensos. Em segundo lugar está Santiago, com 3.947 pedidos. Boa Vista vem em terceiro lugar, com 2.346 pedidos e São Vicente já registou também 2.216 pedidos de suspensão de contrato.
As informações foram avançadas pelo Ministério da Justiça e do Trabalho, que reconhece um momento “particularmente difícil”, face à pandemia do coronavírus, em Cabo Verde.
Em entrevista à Inforpress, para assinalar o 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, a ministra da Justiça e Trabalho enalteceu a medida “excepcional” do Governo, que cobre parte da totalidade destes trabalhadores, 75%, reconhecendo, entretanto, que não terão a totalidade do seu rendimento.
Trata-se, segundo Janine Lélis, de “uma perda”, mas necessária, já que a pandemia implica “desafios maiores” para o país, sobretudo para o Ministério do Trabalho, alegando que a Direcção-Geral do Trabalho, assim como a Delegação no Sal, teve de ser reforçada, no sentido de corresponder os pedidos de suspensão.
A governante admite ainda que os próximos tempos poderão ser “difíceis”, razão pela qual apelou, desde já, um esforço colectivo, para que o país possa voltar à normalidade.
