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Covid-19

“A insaciável vontade de comer em tempos de quarentena” – Suzi Chantre

Se é verdade que a Pandemia veio mostrar ao mundo, e consequentemente às pessoas, uma nova forma de se relacionar, em que agora ficar longe é um gesto de amor, também é verdade que, constantemente, ao nosso redor, deparamo-nos com pessoas questionando uma insaciável vontade de comer.

O facto é que essa vontade de comer não quer dizer, necessariamente, que a pessoa tem fome.

Antes de mais, é preciso que se distinga o que é a fome e o que é vontade de comer.

A fome é uma necessidade fisiológica que indica que o corpo precisa de alimento. Quando se tem fome sentimos um desconforto no estômago, tonturas, podendo muitas vezes manifestar-se com uma dor de cabeça.

Já a vontade de comer é uma necessidade puramente psicológica. Comer passa a ser uma busca de uma sensação de prazer, alívio ou satisfação.

Não é estranho que, na maior parte das vezes, a vontade de comer é específica a um alimento. Exemplo, vontade de comer chocolate.

A verdade é que essa mesma necessidade psicológica de uma satisfação ou prazer pode ser obtida por meio da realização de outras actividades, como por exemplo, o exercício físico.

A partir do momento em que conseguimos diferenciar estas duas situações, fica mais fácil controlar a nossa alimentação, tanto em termos da qualidade e necessidade de alguns alimentos, quanto à sua quantidade.

Embora, não se deva ser tão rigoroso quanto a isso. De vez em quando pode sim comer alguma coisa que não seja saudável. O importante manter o equilíbrio e evitar exageros.

Afinal, num momento em que estamos praticamente afastados de tudo e de todos, podemos abrir uma excepção e deliciar de prazeres que nos alimenta a alma.

Sem culpa e sem remorsos. Apenas na medida certa.

Suzi Chantre – Psicóloga Clínica

*Delegacia de São de São Nicolau

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