O Comandante do Corpo de Intervenção e Piquete da Polícia Nacional, em São Vicente, Madelino Luz, considera “positivo” o balanço das primeiras duas semanas do estado de emergência na ilha.
Não obstante, deixa um apelo à colaboração das pessoas e diz que a situação ainda pode melhorar.
De 29 de Março a 13 de Abril foram detidas e apresentadas ao Ministério Público 27 pessoas e “várias outras” encaminhadas à unidade regional da PN para efeito de identificação.
O comandante explica que a primeira semana foi essencialmente de sensibilização e informação, mas que a população não deixou outra alternativa à polícia.
“São casos em que a pessoa é abordada em situação que não justifica a sua estadia na rua. Numa primeira vez é aconselhada a regressar a casa e, momentos depois, encontra-se na mesma posição. Este é o momento em que ela é conduzida para identificação porque, numa terceira abordagem será detida, com argumentos suficientes”, explicou Madelino Luz.
No que toca ao trânsito, 854 viaturas foram fiscalizadas e 7 apreendidas, por incumprimento das normas.
Não obstante situações que permitem a saída de casa, Madelino considera que alguns aspectos precisam melhorar, entre eles o cumprimento das normas de higiene e segurança.
Este comandante reitera que não se trata de uma luta contra as pessoas, mas de todos, contra esta pandemia.
“O nosso objetivo não é deter pessoas. Precisamente por isso pedimos que as normas sejam respeitadas”, esclareceu.
Madelino Luz informou ainda que, nos primeiros dias do estado de emergência, alguns estabelecimentos foram encerrados, facto que considera normal já que as pessoas ainda estavam a ser sensibilizadas sobre a medida.
Crimes contra propriedade reduziram consideravelmente em relação ao habitual, com uma baixa para três ou quatro ocorrências diárias.
Esta segunda-feira o país entrou na terceira semana do estado de emergência. A medida prolonga-se até 17 de Abril, mas, poderá ser prolongada mediante decisão do Presidente da República, que deverá ser conhecida ainda esta semana.
