A ASA é a primeira empresa do Sector Empresarial do Estado (SEE) a avançar para o regime de suspensão de contratos de trabalho, no âmbito da crise sanitária provocada pela covid-19.
Com esta medida, que deve vigorar entre 1 de Maio e 30 de Junho, os trabalhadores da empresa terão direito a 70% dos respetivos salários, 35% garantidos pelo INPS e os outros 35% pela entidade patronal.
A administração da ASA decidiu também suspender, por tempo indeterminado, a partir de 1 de Abril, os seguintes subsídios e gratificações: de refeição; de combustível; de telefone e uso de viatura própria em serviço da empresa.
Foram também suspensos o subsídio de férias, o pagamento de horas de monitoria e gratificações pela realização de ações de controlo de qualidade.
A administração da empresa decidiu, igualmente, reduzir o salários dos membros do Conselho de Administração e dos diretores e da coordenadora de gabinete em 30%.
Os salários das demais chefias serão reduzidos em 20%. O Conselho de Administração da ASA mostra-se convicto de que “Cabo Verde e o Mundo vão, certamente, ultrapassar esta crise”. Afirmam, no entanto, que “teremos de estar preparados para uma outra crise, de natureza económica e social, igualmente impactante na vida das pessoas”.
Para a administração da ASA é “devastador” o impacto que a actual crise está a ter nos negócios e no rendimento da empresa. “Consequentemente, a saúde desta está ameaçada”.
Conforme a ordem de serviço da ASA, que A NAÇÃO teve acesso, preservar as condições de trabalho dos aeroportos e a gestão da FIR Oceânica do Sal é uma tarefa que requer além de recursos, visão e determinação.
“Estamos em tempos de profunda reflexão e redobrada ponderação, para que todas as medidas e decisões tomadas, permitam preservar o máximo de postos de trabalho possível e reduzir a possibilidade de ruptura de tesouraria da empresa”.