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Covid-19

Covid-19: Sindicatos não vão tolerar que empregadores se proveitem da tragédia para despedir funcionários

Os sindicatos STIF, SISCAP e SINDEP reuniram-se hoje para mostrar solidariedade aos trabalhadores e empregadores, perante as dificuldades impostas ao mundo laboral, com a pandemia do coronavírus.

Entretanto, avisam que não vão tolerar que empregadores tentem se aproveitar a situação para reestruturar ou cortar postos de trabalho e nem para “castigar ou vingar” de trabalhadores considerados “incómodos”.

As declarações foram feitas, em conferência de imprensa, pelo porta-voz do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Financeiras de Cabo Verde (STIF), Aníbal Borges.

Este representante congratula igualmente o Governo pelas medidas adoptadas, mas apela ao cumprimento das obrigações, ao fazer chegar a todos os beneficiários o prometido e evitando situações de descriminação ao implementar as medidas.

Estes sindicatos chamam a atenção também da Direcção-geral do Trabalho, do Instituto Nacional de Previdência Social, empresas e trabalhadores para situações despedimentos e outras “ilegalidades”.

Pedem especial atenção aos trabalhadores despedidos antes da implementação das medidas do Governo, para que possam receber os mesmos benefícios.

Por outro lado, segundo Aníbal Borges, existem empresas em dívida com o INPS, situação que vai dificultar a vida dos seus funcionários no acesso aos subsídios anunciados pelo Governo.

Nesta situação, diz, há que estender a mão aos trabalhadores que não têm responsabilidade neste domínio e que se encontram em uma situação difícil.

Em relação aos trabalhadores do sector informal, a proposta é que sejam criadas linhas verdes para atendimento e esclarecimento sobre o acesso aos benefícios.

Os sindicatos denunciam ainda alguma exposição de trabalhadores e medidas deficientes de prevenção em algumas instituições em regime de prestação de serviços essenciais.

Entre eles estão trabalhadores da segurança privada que se deslocam ao serviço a pé ou de táxi, “sem qualquer equipamento de proteção individual “ ou então empresas que “obrigam” os funcionários a gozar de férias em plena quarentena.

Por fim, os sindicatos concordam que, em haver necessidade, o prazo do estado de emergência deve ser alargado, mas dizem que o Governo deve rever algumas medidas e adequá-las melhor à situação das pessoas, nomeadamente a disponibilidade de transporte público de passageiros.

NA

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