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Covid-19

Covid-19: Trabalhadores “abalados” no Riu Karamboa querem fazer despiste ao coronavírus

Os trabalhadores do hotel Rio Karamboa, na ilha da Boa Vista, sentem-se
abalados psicologicamente e abandonados pelas autoridades sanitárias. Esta
revelação foi feita, este domingo, 29, por Cesarina Lopes, empregada desse hotel, à RCV.

Cesaltina está de quarentena desde o dia 19 deste mês, quando um turista inglês
testou positivo à Covid-19. Ou seja já lá vão 10 dias.

Conforme Cesaltina Lopes, o pessoal “está revoltado”, tendo em conta que o
técnico de manutenção desse hotel, que testou positivo, “era uma pessoa
reservada” e que não tinha muito contacto com os clientes do hotel.

“Esta situação é mesmo estranha, porquanto esse técnico nunca esteve perto do
quarto onde estava alojado esse turista infectado”, afirma essa empregada do spa
do hotel, que considera que tendo em conta o espaço em que esse técnico de
manutenção se movimentava, “seria a última pessoa a ter essa doença”.

“Estamos todos revoltados e em baixo com esta história”, afirma Cesarina Lopes
que lamenta o facto de estarem à margem de qualquer informação das
autoridades. Esta empregada do hotel Rio Karamboa, diz, no entanto, que têm
tomado conhecimento dos acontecimentos através das redes sociais e pede as
autoridades que lhes sejam feitos testes de despistagem da Covid-19.

O ambiente já começa a ser de aflição, conforme Cesarina Lopes, que teme pelo
surgimento de mais casos no hotel Rio Karamboa.

Também numa nota enviada à nossa redação, o Partido Popular (PP), que diz ter
sido contactado por empregados desse hotel, adianta que a notícia de mais um
caso positivo “tem abalado psicologicamente todos os trabalhadores que estão
de quarentena neste hotel e existem trabalhadores em situação de pânico dentro
dos quartos do Rio Karamboa”.

“Apesar de estarem em quartos separados, os trabalhadores têm partilhado os
mesmos refeitórios e o distanciamento social tem sido, até certo ponto,
impossível, pois são colegas de trabalho com uma convivência de longos anos”,
revela.

O PP solicita os “bons ofícios” das autoridades sanitárias no sentido de encetar
diligências, visando quebrar a cadeia de transmissão, realizando testes de
despiste da doença em todos os trabalhadores desse hotel, para que possam
regressar à casa no fim dos 14 dias de quarentena.

Recorde-se que foi neste hotel que surgiram o primeiro e segundo caso positivo. As autoridades colocaram este e outro hotel de quarentena e a ilha da Boa Vista foi isolada.

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