A fábrica de conserva e transformação de pescado, Frescomar, em São Vicente, continua a funcionar normalmente e sem um protocolo de segurança adequado, face ao combate e prevenção do coronavírus em Cabo Verde.
São cerca de dois mil funcionários que diariamente se dirigem ao trabalho em autocarros lotados e permanecem em salas com muitas pessoas, sem ao menos, um distanciamento seguro, segundo indicam as medidas adoptadas pelo Governo de Cabo Verde.
As informações foram avançadas por um funcionário que prefere não se identificar, com receio de represálias. O mesmo garante que os responsáveis da fábrica em Cabo Verde estão de mãos atadas, à espera de uma decisão do chefe, na Espanha.
“Aqui os responsáveis nos dizem que não têm poder para fechara a fábrica. Na Espanha, o chefe diz que enquanto não houver um caso positivo de coronavírus em São Vicente não há motivos para tal”, explica a nossa fonte.
A única medida de segurança imposta até agora aos trabalhadores da Frescomar é a utilização de máscaras e álcool gel para desinfectar as mãos.
As salas de produção continuam cheias, com muita gente junta e em contacto permanente.
“Os nossos superiores dizem que se fosse por eles a fábrica já estaria fechada há muito tempo, mas não podem fazer nada”, explica a mesma fonte.
Alguns trabalhadores já manifestaram a sua preocupação nas redes sociais e pedem uma solução, o mais urgente possível.
