Os condutores e proprietários das viaturas que fazem transporte colectivo de passageiros, na ilha de Santiago, já acataram a restrição do número de passageiros imposta pelo Governo, no sentido de evitar o contágio e propagação do coronavírus (Covid-19).
Com a nova medida, os hiaces com licenças de 15 lugares passaram a transportar apenas nove passageiros, (duas pessoas em cada extremo dos bancos), os coaster com capacidade para 30 pessoas estão a transportar 17 pessoas.
Já os hilux com licença de nove lugares estão a transportar sete pessoas sendo seis na parte traseira e uma na frente.
Os condutores congratulam-se com a decisão das autarquias que os isenta de pagamento das senhas no valor de 150 escudos, mas pedem mais incentivos do Governo.
O proprietário de hiace Toni, em representação da classe, diz que a situação é complicada tendo em conta a redução do número de passageiros imposta pelo Governo.
“Nós estamos cientes da situação que o mundo e atravessa por causa desse vírus. Por isso, todos nós devemos zelar pela saúde pública. Mas o governo, ou as câmaras municipais devem arranjar uma forma para subsidiar os proprietários e condutores, sobretudo aqueles que fazem ligação entre os concelhos do interior de Santiago e a cidade da Praia. Porque transportar apenas nove passageiros para a cidade da Praia não compensa nem a despesa com combustíveis”.
Conforme Tony para além da isenção das senhas o governo deve isentar ou reduzir a taxa dos impostos e seguros das viaturas durante este período que a restrição vigorar.
“Muitos de nós já pensamos em parar os carros, mas isso não é solução porque temos compromissos com banco e familiares para sustentar. Pensamos também que essa é altura de utilizar a nosso favor o montante que as câmaras municipais cobraram através das senhas”, desafia.
Recorde-se que o plano de contenção do coronavírus no país tem medidas específicas para o transporte de passageiros.
Até agora Cabo Verde regista 3 casos positivos, todos na ilha da Boa Vista. Ilha essa que está de quarentena, ou seja, isolada à entra e saída de pessoas, seja por via aérea, seja marítima.