A maioria das festividades da Bandeira e do dia do município de São Filipe na ilha do Fogo estão canceladas tendo em conta a situação do COVID-19 em Cabo Verde e a nível internacional.
A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Jorge Nogueira, em conferência de imprensa.
“O mínimo que se pode fazer é cancelar estas festividades”, disse, citado pela Inforpress. As festas estavam previstas acontecer sobretudo entre 25 de Abril e 1 de Maio.
Apesar de reconhecer que será um “grande prejuízo” para a economia da ilha, Nogueira diz que neste momento, o melhor é preservar a situação e evitar custos com o combate em caso de surgimento de algum caso de coronavírus no Fogo.
No entanto, tendo em conta a importância desta tradição que costuma arrastar milhares de pessoas dentro e fora do país, Nogueira garante poderão ser realizadas coisas mínimas, a título simbólico, com reduzido número de pessoas.
Por exemplo, poderá haver a passagem da bandeira, a celebrarão da missa o dia 1 de Maio, com máximo 15 pessoas, três ou quatro tamboreiros e igual número de coladeiras numa volta pela cidade apenas no dia de São Filipe.
“São coisas mínimas, mas ainda não decididas e a câmara vai acompanhar a situação para eventualmente poder decidir pela realização destas actividades ainda não aprovadas e que vai depender da evolução da situação no concelho”, explica.
A decisão está a ser tomada em parceria com os festeiros e a Casa das Bandeiras, e as autoridades sanitárias.
A Câmara Municipal de São Filipe apela à calma e tranquilidade da população, igualmente, que respeitem as regras de higiene, evitar sempre que possível aglomeração de pessoas, lembrando que todos os sacrifícios devem existir para evitar a entrada do coronavírus na ilha.
De realçar que a nível nacional, todos os espaços culturais já foram encerrados pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas desde o passado dia 16 de Março, assim como o cancelamento e adiamento de diversas actividades culturais e desportivas.
Cabo Verde conta até agora com três casos de infecção por coronaírus, todos na Boavista. A ilha está isolada à entrada e saída de pessoas. Continua a ser abastecida de alimentos e bens essenciais.
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