As embarcações de recreio que abordem portos e marinas de Cabo Verde estão agora obrigadas à inspeção sanitária antes do desembarque.
A medida entrou ontem em vigor e faz parte de um leque de outras medidas que saíram de uma reunião que teve lugar sexta-feira, à noite, no Mindelo, e que juntou todas as instituições envolvidas no sector marítimo-portuário no país. Enapor, IMP, Polícia Marítima, Guarda Costeira e operadores privados, nomeadamente proprietários de marinas que recebem barcos de recreio.
Isto, depois do Delegado de Saúde de São Vicente ter chamado a atenção para a fragilidade no sector marítimo no que tange à prevenção do coronavírus no país, via marítima, incluindo os cruzeiros que aportam o país.
Em conferência de imprensa, esta manhã, em São Vicente o Ministro da tutela, Paulo Veiga realçou para a necessidade do cumprimento das medidas.
“Todas as embarcações que abordam as nossas marinas, terão de ter inspecção sanitária antes do desembarque das tripulações, nesse sentido, a polícia marítima e guarda costeira irão reforçar a vigilância a nível nacional para controlar as embarcações de recreio que aportam as nossas marinas, usando os sistemas disponíveis no país de videovigilância instalados na Enapor, na Rotxinha e em diferentes portos”, disse.
Serão utilizados ainda radares de diferentes instituições, ligadas ao controlo das águas e narcotráfico. “Usando tudo isso iremos reforçar a medida para evitar ou minimizar a possibilidade do país vir a ter o COVID-19”.
O governante avançou ainda que o IMP e ENAPOR já estão a dar orientações a todas as delegações “nesse sentido” e que, a partir de amanhã, na reunião do gabinete de urgência, irá se analisar também “as medidas adicionais que é preciso tomar”.
Paulo Veiga garantiu ainda que também os cruzeiros estão a ser “consultados”, antes de atracarem, sobe “se têm condições, se têm doentes, ou pessoas com os sintomas, e se tiverem não são autorizados a atracar”.