PUB

Mundo

Ambiente: Estudo prognostica desaparecimento de Amazónia dentro de 50 anos

A Floresta Amazónica está chegando a um ponto sem retorno, sob o efeito das Mudanças Climáticas e pode transformer-se numa savana árida, dentro de meio século, alertam pesquisadores, num Estudo publicado na “Nature Communications”.

Outro importante Eco-Sistema, o Recife de Coral do Caribe, pode desaparecer em 15 anos, caso também passar por um ponto sem retorno, disseram cientistas do mesmo Estudo.

Essas mudanças teriam consequências dramáticas para os seres humanos e para outras espécies que dependem desses “habitats” – alertam os pesquisadores.

Nos dois casos, as causas dessas modificações são as Mudanças Climáticas provocadas pela acção do homem, assim como pelos danos ambientais, nomeadamente:  desmatamento, no caso da Amazónia, poluição e acidificação oceânica, para os corais.

Segundo os trabalhos dos especialistas do Painel Inter-Governamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), 90 por cento (%) dos corais em águas rasas estarão condenados, se o Aquecimento Global atingir 1,5 graus Centígrados (ºC), em comparação com o período pré-industrial. Um aumento de 2°C significará seu desaparecimento quase completo. O aquecimento já atingiu 1°C.

Em relação à Amazônia, o ponto de inflexão é menos claro, mas os cientistas acreditam que a perda de 35% de sua superfície provocará seu desaparecimento.

Cerca de 20% da Floresta Amazônica, que cobre mais de cinco milhões de quilómetros quadrados – em sete países -, foi arrasada desde 1970, principalmente, para o cultivo de soja, madeira, óleo de palma, bio-combustíveis, ou criação de gado.

“A Humanidade deve se preparar para mudanças muito mais rápido do que o esperado”, alertou o principal autor do Estudo, Simon Willcock, da Universidade de Bangor.

O Eco-Sistema da Amazónia pode, portanto, ruir no próximo ano, de acordo com ele e seus colegas.

Os incêndios florestais que ficaram fora de controlo na Amazónia e na Austrália sugerem que muitos eco-sistemas estão “à beira do abismo”, acrescentou.

“Se não agirmos rapidamente, podemos estar prestes a perder uma das maiores e mais diversas florestas tropicais, que evoluiu ao longo de 58 milhões de anos, das quais dezenas de milhões de pessoas dependem”, diz Alexandre Antonelli, do “Royal Botanic Gardens de Kew”, que não participou do Estudo.

Outro Estudo, publicado na semana passada, indica que os bosques tropicais no Mundo estão perdendo, rapidamente, sua capacidade de absorver o Dióxido de Carbono procedente dos combustíveis fósseis, principais causadores do Aquecimento Global.

As florestas, especialmente tropicais, absorvem entre 25% e 30% da quantidade de CO2 expulsa pelo homem para a Atmosfera. Os oceanos fazem o mesmo para algo entre 20% e 25%.

Os eco-sistemas podem mudar, às vezes, rapidamente, sob estresse. Os pesquisadores estudaram essas mudanças em 40 regiões naturais, de diferentes tamanhos.

Um deles, o Sahel africano, passou de uma paisagem florestal para o Deserto – embora num período mais longo de tempo.

PUB

PUB

PUB

To Top