A Pesquisa foi realizada em mais de dez hospitais chineses, de Wuhan – onde a Epidemia começou -, Pequim e Xangai, para medir a eficiência da Cloroquina no tratamento de pneumonias associadas ao COVID-19.
“Nós já sabíamos que a Cloroquina era eficiente “in vitro” contra o novo Coronavírus. A avaliação clínica na China confirmou”, explica o professor Raoult, especialista em doenças infecciosas, director do Instituto Mediterrâneo de Infecção de Marselha, no Sul da França, em entrevista à Agência FrancePress (AFP).
“Talvez o tratamento dessa infecção seja o mais simples e mais barato de todas infecções virais”, afirma o pesquisador, envolvido na detecção do novo Coronavírus na França, notando que “os resultados obtidos até agora, numa mostra de mais de cem pacientes, demonstraram que o Fosfato de Cloroquina é mais eficaz que o tratamento recebido por um grupo comparativo para conter a evolução da Pneumonia”.
“As capacidades anti-virais e anti-inflamatórias da Cloroquina poderiam tem um papel em sua potencial eficácia para tratar pacientes que sofrem de peneumonias provocadas pelo COVID-19”, vinca o artigo, que foi realizado pelos professores Jianjun Gao, Zhenxue tian e Xu Yang, da Universidade de Qingdao e do Hospital de Qingdao.
A Cloroquina é um medicamento de baixo custo e sem risco, utilizado há mais de 70 anos, segundo o artigo.
De acordo com os pesquisadores chineses, um tratamento de 500 miligramas de Cloroquina por dia, durante dez dias, seria suficiente. “Esse tratamento que não custa, praticamente, nada, e a notícia é extraordinária”, disse o professor Raoult, parabenizando o trabalho dos pesquisadores chineses para encontrar um remédio eficaz. Segundo ele deve, deve ser privilegiado à pista da vacina, que demoraria mais a ser disponibilizada.
Questionado pela Televisão francesa sobre o tratamento, o ministro francês da Saúde, Olivier Véran, afirmou que conversou com Didier Raoult, que conhece os resultados da Pesquisa, mas que os estudos em pacientes ainda devem ser confirmados.
Peregrinos barrados
Enquanto isso, a Arábia Saudita suspendeu, nesta quinta-feira, 27, a entrada de peregrinos que visitam a Mesquita do Profeta Maomé e os lugares sagrados do Islão, em Meca e Medina, bem como a de turistas de países afectados pelo Coronavírus causador da Doença COVID-19.
O Ministério do Exterior do País publicou uma lista de medidas para “prevenir e eliminar” a expansão do novo Coronavírus, que inclui a “suspensão da entrada no Reino para os propósitos da Umra”, a Peregrinação a Meca, que pode ser realizada a qualquer momento do ano.
O Ministério também comunicou que a entrada no Reino, com vistos de turista, está impedida a pessoas de países afectados pelo novo Coronavírus. No final do ano passado, Arábia Saudita – ultra-conservador – introduziu novos vistos no âmbito do impulso ao Turismo, uma medida que facilitou a entrada no Território, após décadas de isolamento.
A Arábia Saudita abriga alguns dos lugares mais sagrados do Islão, incluindo a Cidade de Meca. A suspensão, que não tem precedentes, foi anunciada a alguns meses do Haji, o hajj, a Grande Peregrinação Anual que é um dos Cinco Pilares do Islão, e que atrai milhões de devotos de todo o Planeta, todos os anos.
A Arábia Saudita não registou, ainda, casos do novo Coronavírus, embora alguns dos seus cidadãos residentes em outros países tenham testado positivo desde o início do Surto. O Vírus já afectou a maioria dos países do Oriente Médio, onde há mais de 240 casos confirmados.
Nesta semana, a COVID-19 expandiu-se por toda a Região e causou uma onda de suspensões de rotas aéreas e marítimas, especialmente entre os demais países árabes e o Irão, mas, também, começou a afectar ligações com a Itália, a Coreia do Sul e a Tailândia.
Apesar do número de novos casos ter retrocedido na China – Epicentro do Surto -, houve um rápido aumento no Oriente Médio. Os Emirados Árabes Unidos já registraram 13 novos casos de COVID-19, o Bahrein, 33, e Omã tem quatro casos.
O Kuwait anunciou que há 43 casos confirmados no País, um salto em comparação com os 26 do dia anterior. Todos eles estão relacionados com pessoas que viajaram, recentemente, para o IrãO.
As autoridades iraquianas anunciaram o fechamento de escolas, universidades, cinemas e cafés até 7 de Março, depois de um primeiro caso do novo Coronavírus ter sido confirmado em Bagdá.
Assim como nos outros cinco casos registados no país, o paciente esteve, recentemente, no Irão, País que é o maior foco do vírus na Região, com 22 mortes entre 141 infecções até esta quinta-feira – o maior número de mortes fora da China. A Província iraniana mais atingida é Qom, com 63 casos confirmados, segundo os dados oficiais.
Com: RFI
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