De acordo com o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, citado pela Agência France-Presse, o homem já estava internado há dez dias, devido a problemas de saúde que não estavam relacionados com o novo Coronavírus, mas contraiu, entretanto, o COVID-19.
A primeira morte na Europa pelo novo Coronavírus ocorreu em 15 de Fevereiro, em França, tratando-se de um turista chinês, originário da Província de Hubei, a mais afectada na China, onde teve origem o Surto.
Sexta-feira à tarde, as autoridades italianas confirmaram que havia 16 pessoas infectadas pelo COVID-19 e outras 250 estavam em observação, e encerraram espaços públicos em, pelo menos, dez cidades.
Como medida de precaução, o Ministério da Saúde italiano decretou o encerramento de bares, escolas e outros locais públicos em, pelo menos, nove cidades da Lombardia e uma na zona de Veneto.
Desde que foi detectado, no final do ano passado, na China, o Coronavírus COVID-19 provocou mais de dois mil e 200 mortos e infectou mais de 76 mil pessoas a nível mundial.
A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na Província de Hubei, no Centro do País, a mais afectada pela Epidemia.
Além dos mortos na China Continental, morreram quatro pessoas no Irão, três no Japão, duas na Região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e, agora, uma em Itália.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da Província de Hubei para tentar controlar a Epidemia, medida que abrange perto de 60 milhões de pessoas.
Entretanto, uma jovem de 20 anos, da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do novo Coronavírus, infectou cinco familiares. Não apresentava sintomas. É uma nova evidência de que o novo COVID-19 pode propagar-se de forma assintomática.
A doente viajou, em Janeiro, para a cidade de Anyang, 675 quilómetros a Norte de Wuhan, onde infectou as cinco pessoas da família, sem mostrar sinais de infecção, reporta um novo estudo, publicado na revista Académica “Journal Of The American Medical Association”.
De acordo com os autores do documento, cientistas do Hospital Universitário de Zhengzhou, na China, quando os infectados começaram a sentir-se doentes, os médicos isolaram a mulher e submeteram-na a testes para confirmar se seria portadora do COVID-19. Inicialmente, o teste deu negativo, mas um seguinte confirmou a suspeita.
Todos os cinco infectados pela cidadã de Wuhan desenvolveram Pneumonia mas, a 11 de Fevereiro, a mulher continuava sem apresentar sintomas: não tinha febre, dificuldades respiratórias, dores de estômago ou garganta, e a TAC ao tórax estava normal. Se forem replicados mais casos como este, dizem os cientistas, “a prevenção da infecção pelo COVID-19 pode constituir um desafio”.
Com: jn.pt
Itália: Confirmada primeira morte por COVID-19
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