Odair Carvalho, Médico clínico-geral e Coordenador dos Centros de Saúde da Praia
Na minha opinião, as autoridades estão sim a tomar medidas de prevenção. No entanto, as pessoas também precisam precaver-se no sentido de colaborar e seguir as medidas que lhes foram indicadas. Não é chegar e ir às discotecas quando lhe foi aconselhado para ficar em quarentena.
A preocupação, nunca é de mais lembrar, é a nível mundial e requer muitos cuidados. O Ministério de Saúde em si, está a fazer o seu trabalho, já que, nestes dias, tem-se realizado pequenas formações nos Centros de Saúde para todos os funcionários se inteirarem das situações e saberem como agir em caso de emergência.
Katelene Reis, estudante – Bela Vista, São Vicente
Até agora não entendi e parece-me que não vou entender bem isto da “quarentena voluntária ou domiciliária”.porque a medida de prevenção que pensam estar a fazer não está a ajudar em nada.
Os jovens estudantes que vieram da China, na minha opinião, teriam que ficar em quarentena, mas de forma isolada, assim como está a ser feito noutros países, porque Cabo Verde não está preparado para se prevenir.
Carlos Rodrigues, professor – Santo Antão
Não acho que as autoridades estejam a gerir bem a prevenção do risco de contágio do Coronavirus em Cabo Verde. Não temos condições para lidar com o surto.
As pessoas que chegam da China recebem indicações para fazer “quarentena domiciliar”, o que significa que, no caso de contágio, colocam em perigo os familiares e outras pessoas com quem estejam em contacto. Os próprios governantes contradizem-se quanto à capacidade de Cabo Verde para responder a casos de suspeição do vírus.
GC
(Publicado no A NAÇÃO impresso, nº 650, de 13 de Fevereiro de 2020)
