A Sociedade Cabo-verdiana de Música(SCM) lamenta o desaparecimento físico do “enorme e inconfundível” artista Jorge Neto, falecido na manhã desta quinta-feira, 20, em Lisboa.
“Cabo Verde está hoje imensamente mais pobre musicalmente e culturalmente”, considera a instituição, em nota enviada a imprensa.
Não obstante a sua partida, prossegue, “a obra e a energia ímpar que Jorge Neto partilhou nos palcos numa carreira musical de mais de 30 anos, ficará na nossa História e o manterá vivo entre nós”.
A SCM endereça à família, aos músicos cabo-verdianos e ao povo cabo-verdiano, “as mais sentidas condolências e imensa força pela perda irreparável”.
Biografia
Nascido a 03 de Dezembro de 1964 em São Tomé e Príncipe, António Jorge Costa Neto, musicalmente conhecido por Jorge Neto, filho de mãe cabo-verdiana e pai santomense foi considerado o ícone dos palcos, dada a forma como passeava a sua classe com mestria pela multidão.
Jorge Neto, que se eternizou com a melodia “Rosinha”, em 1987, como representante da Holanda no concurso Todo Mundo Canta, do qual foi vencedor, integrou a mítica banda “Livity”, grupo com o qual gravou dois CD, para em 1995 apostar numa carreira a solo, coroada de sucessos.
Vencedor do Prémio de Melhor Artista em Palco, nos CVMA (2011 e 2012), Jorge Neto foi homenageado em 2006, durante a II edição da Gala Somos Cabo Verde, com o Prémio Mérito e Excelência.
O artista, considerado um verdadeiro “Show Man”, deixa nove álbuns no curriculum: “Dja ca Da”, “Jorge Neto”, “Papia Bu Manera”, “Dia Diferente”, “Neto e Cabo Verde”, “Boca Povo”, “Rapaz Novo”, “Harmonia”, e por último “Nha Palco”.
Sociedade Cabo-verdiana de Música lamenta morte de Jorge Neto
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