A Cabo Verde TradeInvest aprovou, em 2019, um total de 46 projectos, dos quais 33 estão em obras, criando mais de 3.400 postos de trabalho, conforme dados avançados pela presidente do conselho de administração.
Em entrevista à Inforpress, Ana Lima Barber, que vai deixar a presidência da instituição para assumir o cargo de comissária geral da Expo 2020 Dubai, disse que 2015 para 2019, o País deu um “pulo de gigante” em mobilização e aprovação de investimentos.
“Em 2015 foram aprovados dois projectos, 2016 foram 4 projectos e em 2017, quando começamos com a Cabo Verde TradeInvest, foram aprovados 27 projectos – 350% acima dos que encontramos. Atraímos em termos de valores 602 milhões de euros, 253% acima dos que encontramos. Em 2018 aprovamos 42 projectos e no ano de 2019 foram 46”, enumerou.
De entre os 46 projectos aprovados no ano de 2019, e que representam globalmente um investimento de mais de 480 milhões de euros, 33 correspondentes a total de investimentos de 470 milhões de euros estão em obras, 11 estão na fase operativa e apenas dois ainda não foram implementados.
Santiago foi a ilha que recebeu maior número de projectos, mas em montantes a investir a lista é liderada pela ilha do Sal, seguido de Boa Vista e só depois a ilha do Santiago.
Para o ano de 2020 a presidente cessante da Cabo Verde TradeInvest prevê a aprovação de 52 projectos.
Ana Lima Barber realçou o trabalho de equipa e todo engajamento da organização no trabalho de promoção, no sentido de atrair mais investimento para o País com repercussão na criação dos postos de trabalho e dinamização da económica.
“Isto significa que há aqui neste momento muito mais celeridade na aprovação”, disse, apontando para as “várias reformas em curso” e uma “visão do Governo de proteger e dar todas as condições” ao sector privado.
O turismo continua a liderar os investimentos em Cabo Verde em distribuição por sector. Contudo, foram igualmente aprovados projectos nas áreas dos serviços, transportes e energia.
Ana Lima Barber salientou, entretanto, que há todo um trabalho de diversificação dos sectores de economia e de atracão de “investimentos de qualidade” para todas as ilhas do arquipélago.
“Há reformas específicas que estão a ser trabalhadas para esses sectores, para esses tipo de empresas que precisamos. Por isso que estas áreas estes sectores estão agora a parecer e vamos sentir, em termos de impacto cada vez mais”, disse apontando para as áreas da saúde, dos serviços, das tecnologias de informação e comunicação e das indústrias.
No que se refere à origem do capital dos projectos aprovados, Ana Lima Barber destacou o facto de os nacionais começarem já “a ganhar outro dinamismo”, fruto dos “incentivos do Governo”.
“Os nacionais começam já a ter atitude muito mais pró-activa de correr atrás, mas também se corre atrás quando se cria condições novas e neste momento encontramos um ambiente de negócios amigos dos investidores”, disse, indicando que há todo um trabalho no sentido de “empoderar o investir nacional”, não só pela via do acesso ao financiamento, mas também promovendo parceiras e acesso a experiências novas.
Fonte: Inforpress
