A Escola de Música Norberto Tavares, na cidade de Assomada, no concelho de Santa Catarina, assinala esta sexta-feira, 7, de Fevereiro o seu terceiro aniversário.
Para comemorar a data a escola tem programado várias actividades, com destaque para uma tarde cultural e exposição de objectos que eram utlizados pelo músico Norberto Tavares patrono da escola.
O evento, a ter lugar no Centro Cultural Norberto Tavares, conta com atuações de alunos da escola, artistas e convidados amigos da escola.
O professor David Rocha diz que o momento é de balanço e para agradecer a todos os parceiros e colaboradores que fizeram a escola se manter de portas abertas durante os três anos da sua existência.
“Apesar das dificuldades foram três anos de actividades sem interrupção. Isso já é um grande ganho, uma vez que em Assomada as iniciativas nascem mas desaparecem logo. Por outro lado, sempre tivemos alunos de diferentes faixas etárias que demonstram vontade de aprender música. O que é bom sinal”, sublinha.
Segundo David Rocha um dos grandes ganhos registados também nestes três anos é o facto de escola ter conseguido o financiamento Bolsa de Acesso a Cultura (BA – Cultura), no valor de 400 contos. “Isso permitiu que cerca de meia centena de crianças que não tinham condições para estudar música passassem a frequentar a escola”.
Desafios
David Rocha revela que a escola tem ainda alguns desafios a vencer. “Gostaríamos de ter um espaço com melhores condições para fazermos o nosso trabalho. Este é um desafio que não escondemos desde da abertura da escola. Estamos contentes com o espaço actual, mas necessitamos de um lugar que nos permita dividir as salas de aulas consoante instrumentos”.
Rocha avança que a escola necessita de outros professores e colaboradores. “Durante estes três anos o funcionamento da escola foi assegurado basicamente por mim. A escola precisa de mais pessoas, nomeadamente uma secretária para cuidar da logística o que daria um grande jeito”.
Por outro lado, David Rocha defende que é preciso profissionalizar os colaboradores da escola. “Até agora tudo isso funciona em regime de voluntariado. Porque não temos um contrato fixo e nem cobertura de INPS. Esses aspectos devem ser analisados para decidirmos se vale a pena continuar, ou não”.
Segundo David Rocha a escola tem neste momento cerca de 60 alunos. Mas já passaram por aqui mais de 200 pessoas, desde a sua criação.
SM