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Sociedade

São Vicente: estudantes vindos da China não estavam em Wuhan portanto "não há motivos para quarentena hospitalar" – delegado saúde

Os cinco estudantes que já estão em Cabo Verde, quatro de São Vicente e um de Santo Antão não estavam na cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, avançou ao A NAÇÃO o delegado da saúde em São Vicente, Elísio Silva. Uma informação que também já tinha sido esclarecida pela Embaixadora de Cabo Verde na China e pelo próprio director Geral da Saúde, Artur Correia, na sexta-feira, 31,  sobre a notícia da chegada de alunos cabo-verdianos na China
O delegado de saúde de São Vicente esclarece ainda que os referidos alunos não se encontram em quarentena domiciliária, como foi avançado inicialmente pela Inforpress, e replicado por outros órgãos, incluindo o A NAÇÃO, uma vez que, no seu entender  “não estão doentes” e como tal não há motivos para quarentena.
Indicações
Conforme esse responsável, apenas algumas indicações foram dadas no sentido de se manterem atentos e evitarem possíveis situações de risco, como sair de casa, não frequentar locais com grandes aglomerados de pessoas e evitar aproximação afectiva com os familiares. Situações essas que terão de ficar a cargo da própria consciência e responsabilidade dos próprios alunos, uma vez que não estão em quarentena.
Segundo a mesma fonte, foram ainda advertidos para entrar em contacto com os serviços de saúde caso apareça algum sintoma. Enquanto isso, devem dormir em quartos separados, utilizar casa de banho própria e máscaras de proteção dentro de casa.
Porém, o A NAÇÃO questionou esse responsável, com o exemplo prático de Portugal, em que os 20 passageiros na maioria retirados de Wuhan, ficaram em quarentena, em estruturas de saúde, mesmo não apresentando sintomas e mesmo depois das primeiras análises terem dado negativas, as pessoas continuam em quarentena total, sem receber sequer visitas, até completarem os 14 dias de período de incubação do vírus. Todas estas medidas são preventivas para evitar qualquer risco de contato.
“Para colocar pessoas em quarentena hospitalar elas precisam apresentar sintomas e serem provenientes das zonas afectadas e de alto risco, o que não é o caso. Em todos os lugares o que se está a fazer é passar informações sobre os cuidados a ter, mas de forma voluntária. Porque as pessoas têm direitos próprios, inclusive a liberdade” justifica Elísio Silva, que diz estar a receber ordens da Direção Nacional da Saúde.
De acordo com as directrizes recebidas do Ministério da Saúde, explica, todos os dias estão a contactar os alunos por telefone e a fazer visitas domiciliares no sentido de detectar algum sintoma do vírus.
Histórico
Recorde-se que estes estudantes chegaram a São Vicente nos últimos dias e, segundo a mesma fonte, todos os pais com estudantes na China, à excepção de Wuhan, estão a fazer deligências para trazerem os filhos para casa.
Uma equipa instalada no aeroporto internacional Cesária Évora iniciou o controlo de passageiros na sexta-feira passada, 31,  e desde então estes têm dado indicações de segurança tanto aos estudantes como aos seus familiares.
Recorde-se que na sexta-feira passada,31, a Embaixadora de Cabo Verde, na China, Tânia Romualdo garantiu ao A NAÇÃO que nenhum estudante cabo-verdiano saiu da cidade de Wuhan, onde se concentra o epicentro do coronavírus, na província de Hubei.
Também o Director Geral da Saúde, Artur Correia, garantiu em entrevista em directo no jornal da tarde do mesmo dia, na TCV, que não chegou a Cabo Verde nenhum estudante cabo-verdiano vindo de Wuhan.
Esclareceu contudo, que já tinham chegado ao país naquela data 9 pessoas provenientes da China, alunos e cidadãos chineses a residir noutras cidades, que não Wuhan.
O A NAÇÃO sabe ainda que há alunos cabo-verdianos vindos da China, via Emirados Árabes que se encontram já em Portugal.
Até agora o coronavírus já matou 427 pessoas, uma delas fora da China, afectando 20.648 pessoas e tendo chegado já registo de casos a 28 países.
A prevenção, dizem os especialistas, é a melhor forma de conter o vírus.
Usar máscaras, evitar grandes aglomerados de pessoas, lavar com frequência as mãos e o uso de álcool gel para desinfectar as mãos são algumas das medidas preventivas.
NA/GC

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