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Suíça: Greenpeace critica participação em Davos de investidores em Energias Fósseis

Bancos, seguradoras e fundos de pensão presentes em Davos, na Suíça, continuam financiando, maciçamente, as energias fósseis, que contribuem amplamente para o aquecimento global, o que aumenta o risco de uma nova crise financeira mundial, denunciou o Greenpeace.

O Fórum Económico Mundial, que começa nesta terça-feira, 21, tenta apagar a imagem de “Clube dos Ricos”, convidando activistas como a jovem sueca, Greta Thunberg, lembrou a ONG (Organização Não-Governamental) ao publicar seu informe, que detalha este tipo de investimentos desde o Acordo de Paris (Capital da França) de 2015, contra o aquecimento global.

Segundo o Greenpeace, dez bancos geralmente presentes em Davos financiaram, entre 2015 e 2018, o Sector de Energias Fósseis – carvão e petróleo sobretudo – com um trilhão de dólares: JP Morgan Chase, Citi, Bank of America, RBC Royal Bank, Barclays, Mitsubishi UFG, TD Bank, Scotiabank, Mizuho e Morgan Stanley.

Esta quantia equivale, em termos gerais, à capitalização em bolsa de uma gigante como Apple ou ao risco financeiro vinculado aos impactos climáticos, que pesam em 215 das maiores empresas mundiais, nos próximos cinco anos.

Além disso, três fundos de pensão presentes em Davos no ano passado – o dos professores da Província canadense de Ontário, o Canada Pension Plan Investment Board e o PensionDanmark – possuem 26 bilhões de dólares em companhias petrolíferas como Shell, Chevron e Exxon e em bancos que financiam a exploração de Energias Fósseis.

No documento intitulado: “É o Sector Financeiro, Estúpido” (parafraseado o slogan: “É a Economia, Estúpida!”, considerado chave na vitória de Bill Clinton nas Presidenciais de 1992), o Greenpeace denuncia, também, o apoio de grandes seguradoras a projectos de Energias Fósseis, que não poderiam ser realizados sem sua garantia, como AIG, Prudential, Sompo, Tokio Marine e Lloyds.

Segundo o Greenpeace, estas empresas se comportam da mesma forma que antes da crise de 2007/2008, vinculada sobretudo às hipotecas “sub-prime”, quando “os actores financeiros buscadores de benefícios a curto prazo (…) ignoraram os riscos”.

Estes actores são “uns hipócritas porque afirmam que querem salvar o Planeta ao mesmo tempo que o destrõem por um lucro a curto prazo”, denunciou a directora do Greenpeace, Jennifer Morgan, exortando as “entidades reguladoras a fazer o seu trabalho antes que seja tarde demais”.

Enquanto isso, a jovem activista Greta Thunberg recordou aos participantes do Fórum Político e Económico Mundial reunido, esta terça-feira, em Davos (na Suíça), que “praticamente ninguém fez nada” sobre o clima apesar da mobilização que se prolonga desde o ano passado.

“O Clima e o Ambiente são um assunto a  ctual mas, na prática, ninguém fez nada”, denuncia Greta Thunberg, antes do início dos trabalhos do Fórum Económico Mundial, frisando que as “emissões de Carbono não diminuíram”.

 

Com: istoe.com.br

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