A Fundação Casa das Bandeiras quer instalar uma livraria e criar de uma sala de leitura, na ilha do Fogo. Esta entidade está a trabalhar para que este objectivo se efective e o seu funcionamento pode vir a coincidir com as festas da bandeira de São Filipe 2020.
Em declarações a Agência Cabo-verdiana de Notícias, Inforpress, o administrador da Fundação Casa das Bandeiras, Henrique Pires, fez o anúncio e explicou que, este se deveu a tristeza causada pela notícia que dá conta da inexistência de uma livraria na ilha e por isso a ideia da abertura da livraria e da sala de leitura, aquando da realização da edição da Morabeza-Festa do Livro.
Para a instalação da livraria, a Casa das Bandeiras tem estabelecido contactos com os seus parceiros e já dispõe de alguns livros, mas a ideia é celebrar um protocolo com a Biblioteca Nacional, que, segundo Henrique Pires, está interessada em se ter uma livraria e sala de leitura na ilha do Fogo.
O termo do protocolo a ser assinada deverá prever que a Biblioteca Nacional disponibilize à livraria livros para venda, mediante consignação, devendo atribuir uma percentagem à Casa das Bandeiras para as despesas de funcionamento, já que o objectivo não é obtenção de lucros, mas ter um espaço onde se possa adquirir livros e sala de leitura.
“Estamos a trabalhar para que a ilha volte a ocupar o seu lugar no contexto nacional”, disse o administrador, observando que as pessoas da ilha devem dar o seu contributo e não esperar apenas pelo Governo.
O responsável indicou que, como a sala informática não tem tido muita utilização, devido ao desenvolvimento das tecnologias e dos telemóveis, vai ser desactivada para dar lugar a livraria e a sala de leitura que serão baptizadas com os nomes de Henrique Teixeira de Sousa (Livraria) e Ana Procópio (sala de leitura) e a previsão de inauguração é Abril deste ano, por ocasião das festas das bandeiras de São Filipe.
Parte dos computadores, pelos menos três, foram doados à associação da escola de Patim, com a qual a Casa das Bandeiras pretende estabelecer um protocolo de parceria para os ajudar a mobilizar outros equipamentos de que tem carência e que a fundação pode conseguir junto dos seus parceiros e patrocinadores.
Com relação ao protocolo celebrado com as escolas de música de Beltches e Cobom, Henrique Pires avançou que este fim-de-semana chega à ilha os primeiros lotes de instrumentos musicais (violas) mobilizados, mas que a entrega às escolas será feita numa fase posterior, assim que chegar à ilha outros instrumentos que estão a caminho.
A NAÇÃO c/ Inforpress