Os restos mortais de Luís Giovani Rodrigues, estudante cabo-verdiano “barbaramente morto” em Portugal, serão transladados para Cabo Verde quarta ou quinta-feira, avançou esta manhã à imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares, citado pela Inforpress.
O mesmo lamentou “profundamente a morte deste conterrâneo da ilha do Fogo” e elogiou o “comportamento exemplar das autoridades portuguesas” e as “manifestações de carinho” do primeiro-ministro António Costa.
Conforme a mesma fonte, Luís Filipe Tavares garantiu que o Governo está a concentrar esforços no apoio e solidariedade à família, sobretudo nas instâncias judiciais com o advogado para as fases subsequentes, “com toda a serenidade”, com o argumento que acredita “na justiça portuguesa” num estado democrático que “Portugal é como Cabo Verde”.
“Não há razões para grandes preocupações. Eu compreendo todas as indignações das pessoas. É um crime que nunca poderia ter acontecido. Nós vamos trabalhar para ajudar a família. Tenho estado pessoalmente com a família e com o presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros. Eu também fiquei indignado e consternado, mas a vida continua”, realçou o governante.
Luís Filipe Tavares apelou a todos para deixarem a justiça fazer o seu trabalho normalmente, “sem paixões”, sublinhando a importância de condenar este tipo de acto que “nunca deveria ter acontecido”.
Recorde-se que Luís Giovani dos Santos Rodrigues, 21 anos, natural dos Mosteiros, ilha do Fogo, morreu em 31 de Dezembro de 2019 no Hospital de Santo António, no Porto, Portugal, depois de ter sido espancado alegadamente por um grupo de 15 indivíduos na cidade de Bragança, no passado dia 21 de Dezembro, onde cursava.
A PJ portuguesa já identificou alguns dos suspeitos que estão a ser interrogados.
C/Inforpress