O galã das telenovelas portuguesas, José Fidalgo, é um dos integrantes da peça de teatro, La Ronde, que acontece no âmbito do projeto internacional que envolve Rússia, Brasil, Portugal, Inglaterra e Cabo Verde, intitulado Atlantic Drama Network.
Com encenação portuguesa, russa e inglesa o elenco é composto por actores russos e portugueses. O espetáculo acontece na ALAIM nos dias 11 e 12 de Janeiro às 20h30 e tem lugares limitados.
A A.D.N.(Atlantic Drama Network) é uma entidade que desde 2017 agrega instituições de Ensino Artístico na área da formação Teatral de vários países. Esta rede foi precisamente apresentada em Cabo Verde e na Cidade do Mindelo, aquando da comemoração do primeiro aniversário de um dos seus membros e parceiro, a ALAIM (Mindelo/cabo Verde) .
Conforme se pode ler na sinopse, em dez breves diálogos, a peça de teatro “A Ronda” apresenta-nos, com perspicaz desenvoltura, o essencial da magia do coração e dos sentidos.
Desde 1905 que circulavam rumores em Viena sobre uma obra «licenciosa» que Arthur Schnitzler teria escrito. Era A Ronda, que nenhum teatro se atreveu a encenar e começou por ser divulgada em edição de autor. Foi preciso esperar por 1921, depois do colapso do Império Austro-Húngaro, para que a peça pudesse ser representada em Viena, causando grande escândalo.
Para maiores de 14 anos, a sexualidade é o “leitmotiv” da obra, mote e motor da ronda do mundo. A peça, composta por dez diálogos, é editada em 1900, 200 exemplares, edição custeada pelo autor e seus amigos. Foi, porém, logo objeto de uma recensão. A primeira edição pública de 1903 seria um sucesso, logo alvo de censura. Acusada de pornografia e de prova da degenerescência da arte, despoleta uma vaga de antissemitismo.
Em 1904 é interdita, apesar de não deixar de circular clandestinamente. A primeira representação, em Berlim, data de 1921. Provocará sempre escândalo a sua apresentação. Mas não cessará nunca de aliciar.
Porque neste texto, avançam, a circulação do desejo – a sexualidade – é manifesta, assim como os meandros sociais e psicológicos da sua dissimulação no mundo de então e sempre. Em dez diálogos, breves e ágeis.
Em cena, duas figuras, sempre uma mulher e um homem, casos que só pelo meio ganham “en passant” nome próprio. Em cena: a
Galdéria e o Soldado; o Soldado e a Criada; a Criada e o Jovem Cavalheiro; o Jovem Cavalheiro e a Jovem Senhora; a Jovem Senhora e o Marido; o Marido e a Doce Donzela; a Doce Donzela e o Poeta, o Poeta e a Actriz; a Actriz e o Conde; o Conde e a Galdéria. O segundo elemento do par repete-se no par seguinte. E o último é um regresso ao primeiro (a Galdéria): uma ronda. As personagens sucedem-se até o círculo ser perfeito.
A Coordenação e Encenação estão a cargo de Pedro Barão (In Impetus Escola de Atores), John WIld (ALRA Acting school London)
e Veronika Rodianov (Lab Theater Kallocian).