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Bolívia anuncia entrada no Grupo de Lima

O Grupo de Lima é uma instância regional, formada em 2017, por países latinos e o Canadá. O Bloco foi criado para adoptar uma posição comum frente à situação na Venezuela. Até agora, a Bolívia tinha se mantido ausente, devido à afinidade política entre o Governo do ex-Presidente Evo Morales, actualmente refugiado na Argentina, e o regime de Nicolás Maduro.
A situação mudou depois que a Presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, afastou-se do Governo venezuelano e reconheceu a liderança de Juan Guaidó, Presidente da Assembleia Nacional venezuelana, reconhecido como chefe de Estado interino da Venezuela por meia centena de países, entre eles, os Estados Unidos da América.
Os principais incentivadores do Grupo de Lima consideram que sua principal conquista foi ter criado consciência internacional sobre a gravidade da crise na Venezuela.
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou, domingo, a União Europeia e a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, de pretenderem interferir na Justiça de seu País.
O alto representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, condenou, no sábado, 21, a Venezuela por ter suspenso o foro privilegiado de quatro deputados da Oposição. Borell considerou o acto como uma grave violação da Constituição.
Já Bachelet, pediu na quarta-feira, 18, ao Governo e à Oposição que retomem as negociações para encontrar uma solução para a crise que atravessa o País. Diante do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra (na Suíça), Bachelet expressou preocupação com a situação, citando diferentes actos de violência, a desnutrição infantil e as acções de milícias armadas.
Maduro acusou a ex-Presidente chilena de “mentir” no Relatório que apresentou em Julho desse ano, denunciando supostas execuções extra-judiciais cometidas por membros da Segurança do Estado venezuelano.
Em Novembro, a União Europeia prorrogou por um ano as sanções, incluindo um embargo de armas, o congelamento de activos e a proibição de viajar, para 25 pessoas próximas de Maduro, acusadas de abusos de direitos.
 
Com:  RFI

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